Prédio histórico do Diario sofre com abandono
Passando pelo centro do Recife, nesta última sexta-feira, me deparei com uma cena lastimável de descaso explícito para com o nosso patrimônio público: o prédio do histórico e tradicional Diário de Pernambuco está entregue a um absoluto abandano.
Após o incêndio recente, está servindo de abrigo para moradores de rua que por ali circulam e se estabelecem. Triste realidade urbana nestes tempos de crise sobre crise, aqui, no Brasil das últimas decadas.
O prédio foi construido no início do século 20 e inaugurado em 1903 por iniciativa do Conselheiro Rosa e Silva. Testemunhou inúmeros episódios que marcaram a história local e nacional na década de 30 e posteriores.
No período pós-64 e na abertura política,com o fim da Ditadura em 1984, sua atuação foi marcante. Dá pena ver toda aquela construção plena de majestade, que chamou a atenção até da Rainha Elisabeth. Em 1º de novembro de 1968, esteve no Recife e sua comitiva parou, por alguns instantes, em frente ao DP para reverenciá-lo.
Pois é, este local, com tanto da história do Estado, está se esvaindo aos olhos inertes do poder público local. Hoje, compõe o quadro urbano dos horrores de uma decadência urbana que se espraiou, da Pracinha para a Av. Guararapes e para as ruas do seu entorno.
Um terror! Acordem, senhores. O Recife merece melhor sorte! E melhores administradores!
Por Mauro Ferreira Lima*
*Analista econômico
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