Elias Maluco, apontado como líder do Comando Vermelho, morre em presídio
O preso Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, morreu nessa terça-feira (22/9) na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele havia sido preso em 2002, apontado como líder da facção criminosa Comando Vermelho.
Considerado pelas autoridades como um dos líderes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão quando foi preso, Elias Maluco foi condenado a 28 anos de prisão, em 2005, pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O repórter foi morto em 2002, dentro de uma favela comandada por Elias.
A informação da morte de Elias Maluco foi confirmada pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Em nota, o órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que o local da morte do preso foi preservado até a chegada da Polícia Federal, responsável por fazer a perícia.
A advogada Lucelia Gouveia, que defende Elias Maluco, disse que tinha uma reunião com ele às 16h dessa terça-feira (22/9). Quando chegou no local, funcionários da unidade teriam informado que ele não queria receber. Somente depois que ela teria descoberto que o preso já estava morto.
O Depen afirma que a família de Elias foi comunicada pelo Serviço Social da unidade. Ainda não há informações de como ele morreu. Segundo o Depen, “todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”.
Na semana passada, uma ação conjunta do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e da Polícia Civil foram em endereços ligados ao Elias Maluco durante a operação que investigou crimes de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho.
Conforme as investigações do MP-RJ e polícia, Elias Maluco era dono do tráfico de todas as favelas comandadas pelo Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Dentro da facção, ele estaria abaixo apenas do Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP — que também está preso na unidade federal Catanduvas.
As investigações apontaram ainda que somente na Baixada Fluminense, área comandada por Elias Maluco, o faturamento mensal de algumas localidades com o tráfico de drogas chega a R$ 7,2 milhões. Deste valor, cerca de 20% do lucro seria destinado às lideranças.
Com informações, R7
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