Terça Livre processa jornalista Patrícia Campos Mello e Folha de São Paulo por Fake News
Os advogados do Terça Livre ajuizaram, na terça-feira (25/8), uma ação contra a jornalista Patrícia Campos Mello, a Folha de São Paulo e o portal UOL. Em sua petição, eles pedem que, em razão da Fake News de que o Terça Livre TV recebeu dinheiro do governo, seja publicado direito de resposta pelos réus ou, em caso de recusa, a justiça os condene ao pagamento de indenização por danos morais.
A matéria da jornalista afirma que o Terça Livre, entre os dias 6 de junho a 13 de julho de 2019, recebeu, via Google AdSense, 1.447 anúncios da campanha Nova Previdência, o que equivale, segundo informação da própria Google, ao valor total de R$ 21,40. Mas nem a plataforma confirmou o pagamento, pois trata-se apenas de estimativa. Para a Google, se a aparição do anúncio for tida como válida, ela paga ao site R$ 0,005 (meio centavo de real) por aparição.
A matéria com a FakeNews de Campos Mello, publicada em 09/05/2020, fez uso da seguinte manchete: “Verba publicitária de Bolsonaro irrigou sites de jogos de azar e de fake news na reforma da Previdência”. Nela, o Terça Livre TV é definido como um veículo de “fake news“, dando a entender, também, que o Governo Federal direcionou verbas de publicidade para supostos aliados políticos.
Entretanto, é fato que o Governo Federal contratou a campanha publicitária da Nova Previdência com a vencedora da licitação, a agência Artplan Comunicação S/A.
Já a Artplan comprou espaços de publicidade no Google.
A matéria da Folha acaba induzindo o leitor a crer que o Terça Livre recebeu dinheiro do Governo, logo, Allan dos Santos teria mentido na CPMI das Fake News, ao afirmar “não recebo nenhum centavo do governo”.
O Terça Livre possui contrato apenas com a Google AdSense, não havendo, então, qualquer relação jurídica com o Governo Federal. Vale esclarecer, ainda, que o Terça Livre TV não decide sequer quais anúncios serão exibidos no site, pois a ferramenta AdSense usa um sistema de leilão virtual de anúncios que seleciona automaticamente a publicidade veiculada.
Assim, o correto seria afirmar que o Governo Federal remunerou a Artplan para a execução da campanha da Nova Previdência, ou, noutras palavras, que a Artplan recebeu verbas de publicidade do Governo Federal.
O Terça Livre possui a diretriz de manter-se exclusivamente com financiamento privado – sem verbas governamentais e tem sido, também, voz ativa no debate público, posicionando-se enfaticamente contra o pagamento de verbas de publicidade do Governo Federal aos veículos de mídia. Diferentemente do Grupo Folha, que, conforme os dados do IAP, recebeu mais de meio bilhão de reais em verbas de publicidade federal entre os anos de 2000/2016.
A jornalista Patricia Mello, ao induzir o leitor a crer que o jornalista Allan recebeu dinheiro do Governo, acaba prejudicando-o, fazendo recair sobre ele imagem de mentiroso (e até criminoso), prejudicando, ainda, a empresa Terça Livre, aviltando conceito importante da marca que está intimamente ligado à sua reputação comercial.
A matéria publicada pela Folha também induz o leitor a crer que o governo direcionou verbas de publicidade para aliados políticos. Ocorre, porém, que o simples exame do documento citado na matéria (planilha da SECOM), como já publicado aqui no Terça Livre, comprova na verdade que sites de oposição ao governo receberam 100 vezes mais anúncios da campanha da Nova Previdência.
- Canal Filósofo Paulo Ghiraldelli com 17.278 anúncios da Reforma da Previdência.
- Site da RevistaFórum com 54.876 anúncios da Reforma da Previdência.
- Site Diário do Centro do Mundo com 1.601 anúncios da Reforma da Previdência.
- Canal Catraca Livre com 10.965 anúncios da Reforma da Previdência.
- Site ISTOÉ com 25.494 anúncios da Reforma da Previdência.
- Site O ANTAGONISTA com 22.348 anúncios da Reforma da Previdência;
- Canal TV 247, com 395 anúncios da Reforma da Previdência.
- Canal MBL com 10 anúncios da Reforma da Previdência.
- Canal Nando Moura com 60 anúncios da Reforma da Previdência.
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