Setor ofensivo, bola parada, jogada aérea e reforços: os ajustes do Sport para Série A
Daniel Paulista tem 11 jogos no comando do time, com quatro vitórias, quatro empates e três derrotas - 48,4% de aproveitamento (Foto: Anderson Stevens/ Sport Recife )
Principal competição do clube para a temporada começa neste final de semana
Livre do risco de rebaixamento no Campeonato Pernambucano após vencer o Decisão no último sábado, o Sport agora vira a chave focando apenas na Série A do Campeonato Brasileiro, que começa neste sábado para os rubro-negros, contra o Ceará, às 21h, no estádio da Ilha do Retiro. Principal competição para o clube nesta temporada e de nível técnico mais elevado, o Diario de Pernambuco traz uma análise de alguns pontos passíveis de ajustes para a equipe de Daniel Paulista visando a elite nacional.
Dentre eles, estão a criatividade e contundência do setor ofensivo, lances de bola parada ofensivas, jogadas aéreas defensivas e também a necessidade de contratações para a competição. Confira abaixo tópico por tópico.
Setor ofensivo
Em 21 jogos no ano, onde apenas dois foram contra times da Série A, são apenas 23 gols marcados. O Sport só foi às redes mais de uma vez no mesmo jogo em três oportunidades (Decisão, Afogados e Imperatriz). Além disso, tem sido um time previsível e burocrático na troca de passes na tentativa de envolver defesas fechadas (como contra Santa, Confiança e Vitória-PE), além de lento na transição ofensiva diante times que jogam mais aberto e dão espaços para ser atacado (como ante o Fortaleza). A criação de jogadas e a entrada na área adversária, têm sido um problema no pós-parada.
“É uma situação que hoje é a nossa maior preocupação, a questão ofensiva, nesse último terço do campo sermos mais incisivos. Está faltando uma maior tranquilidade na execução desse último passe, faltando um poder maior de decisão, definir as jogadas com maior qualidade. Chutar mais. Chutamos muito pouco, temos trabalhado, mas nos jogos não conseguimos traduzir”, disse Daniel Paulista na última quarta-feira. No último sábado, ele elogiou o setor do time contra o Decisão, mas voltou a falar da necessidade de evolução no ataque e busca por um encaixe geral na equipe.
Hernane: 15 jogos, 5 gols e 2 assist. Barcia: 12 jogos, 4 gols e 0 assis. Marquinhos: 15 jogos, 4 gols e 5 assist. Elton: 14 jogos, 3 gols e 2 assist. Ewandro: 11 jogos, 1 gol e 0 assist. Ronaldo: 4 jogos, 0 gols e 0 assist. Maxwell: 4 jogos, 0 gols e 0 assist. Phlip: 0 jogos.
Bola parada
Em 2020, apenas quatro gols do Sport surgiram de bolas paradas - exceto pênaltis. Contra o Náutico, em gol contra de Salatiel; diante do Retrô, em lance de falta ensaiado que Hernane marcou; frente o Brusque, onde Barcia aproveitou rebote de cobrança de falta na trave de Raul Prata; e mais recentemente contra o Santa Cruz, quando Maidana recebeu cruzamento de falta frontal no segundo pau e ajeitou para Hernane completar.
“As jogadas vêm sendo trabalhadas desde a minha chegada, na paralisação. Contra o Santa Cruz tivemos um lance, o de mão duvidoso da penalidade, também foi uma jogada ensaiada, tivemos um escanteio na última partida (diante do Vitória-PE) que a bola não entrou. Algumas jogadas ensaiadas de falta e escanteio também surtiram efeitos e nós tivemos oportunidades oriundas desse tipo de situação (contra o Decisão). É um trabalho que a gente vem fazendo, lógico, com dedicação dos atletas para que no jogo possamos traduzir em gols que é o que esperamos”, analisou Daniel Paulista.
Jogo aéreo
Após uma melhora com a chegada do técnico Daniel Paulista, onde a equipe não havia sido vazada nesse tipo de lance até a suspensão das partidas, o jogo aéreo defensivo voltou a atormentar o Sport. No pós-parada, dois dos três gols sofridos foram assim na cinco partidas até aqui. E ambos no fim: diante do Confiança e Santa Cruz, o time rubro-negro foi vazado já no apagar das luzes.
Em toda a temporada, são sete (dos 18) gols sofridos assim, representando 38,8% - índice similar ao da Série B no ano passado (37,9%), onde o jogo aéreo foi o principal calo do time na competição (11 das 29 bolas na rede saíram desta forma).
Reforços
O Sport contratou 15 jogadores para 2020 mas ainda aparenta ter lacunas no elenco. A lateral esquerda, por exemplo, não teve reforços - além do capitão Sander, o jovem Luciano e Raul Prata improvisado jogam por ali. Pilar do meio de campo, Willian Farias teve cinco parceiros (Jean Patrick, Rithely, João Igor, Ronaldo e Betinho), mas nenhum se firmou até o momento como o segundo volante da equipe.
Além disso, o clube busca atacante para o lado do campo - recentemente sondou Matues Gonçalves, do Ceará. O próprio Daniel Paulista, aliás, já reconheceu a necessidade de reforços para competição, que devem ser pontuais. E o presidente Milton Bivar também falou sobre o tema, explicando que só devem chegar jogadores quando a Série A começar,tendo em vista a expectativa pela entrada de recursos.
DP
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