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quarta-feira, 1 de julho de 2020

ELEIÇÕES 2020

Câmara sinaliza aprovar o adiamento das eleições municipais




Deputados indicam aprovar o adiamento do primeiro turno das eleições municipais para 15 de novembro e o segundo para 29 de novembro

A Câmara vai adiar as eleições municipais. Esse é o clima que se desenha desde terça-feira, 30, e se consolida em votação iniciada nesta quarta-feira, 1º. Os deputados rejeitaram um requerimento que pedia a retirada da pauta. Mas não é só isso que corrobora as perspectivas de aprovação.
Oeste conversou com deputados de centro, independentes e governistas. Entre os três grupos, o sentimento é de que a pauta vai ser aprovada. Até entre governistas o sentimento é de que o adiamento das eleições não seria ruim. “Sou favorável e acho que passa na Câmara. Vai ser bom, porque está tudo parado, como vão fazer campanha? Para fazer uma campanha bem feita, é até melhor adiar, para os eleitores poderem escolher melhor”, destaca um deputado.
No Centrão, o sentimento é o mesmo. A ideia de não chancelar foi deixada de lado. Sobretudo após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrar no circuito para viabilizar a aprovação. Ele atuou pessoalmente para negociar com o governo a liberação de R$ 5 bilhões aos estados e municípios, uma demanda dos prefeitos para adiar.
Os deputados mais independentes também são favoráveis, desde que sem contrapartidas negociadas pelo Centrão. “O clima na Câmara é para se adiar”, diz um parlamentar. O deputado Paulo Ganime (Novo-RJ), líder do partido, não é contrário à postergação, desde que sem contrapartidas.
Condicionantes
A ideia de adiar sob pretexto de condicionantes que possam elevar o endividamento público é rechaçada por Ganime. “Se falar ‘vamos adiar e sem nada mais’, eu acho que não vejo mal nenhum”, destaca. A liberação dos R$ 5 bilhões negociadas é criticada pelo deputado.”Eu espero que não tenha nada que seja uma troca de toma lá da cá”, sustenta.
O problema, justifica Ganime, não é destinar recursos aos estados e municípios. Mas, sim, condicioná-los ao adiamento das eleições. “Se os estados e municípios precisam de recursos que não chegaram até eles, a gente errou em algo e podemos corrigir, mas não por conta de eleição, muito pelo contrário”, alerta.


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