Atuais prefeitos e candidatos pressionam a Câmara para que a PEC que adia a data das eleições não seja votada, enquanto Maia afirma que não tem votos para aprovar o texto
Líderes de diversas bancadas do Congresso têm sofrido cada vez mais pressão por parte de prefeitos contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das eleições. O texto, que adia a data do pleito, passou pelo Senado, mas está travado na Câmara.
De acordo com parlamentares ouvidos por Oeste, os atuais prefeitos e até futuros candidatos são contrários ao adiamento em virtude da pandemia. Aqueles que estão no cargo querem aproveitar os trabalhos contra o vírus para tentar a reeleição o quanto antes.
No Senado, os parlamentares adiaram as eleições municipais de outubro para novembro
Já os que concorrem ao cargo, argumentam que o adiamento beneficiaria os atuais prefeitos, que usariam da máquina para fazer campanha. O adiamento é defendido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Líderes partidários do Centrão já começaram a se articular contra o adiamento, o que fez o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitir que a PEC poderia não alcançar maioria na Câmara. Para ser aprovado, o texto precisa do “sim” de 308 deputados em dois turnos de votações.
Historicamente, prefeitos mantêm uma relação política mais próxima com deputados federais do que com os senadores. Portanto, a pressão no plenário da Câmara foi mais forte que no Senado. A ideia do grupo de prefeitos é fazer com que Maia não paute a PEC na próxima semana.
Entre os argumentos para manter as eleições em outubro, está o fato de que isso possibilitaria o avanço mais rápido das pautas de reformas que o país necessita, entre elas, as econômicas.
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