Sem cotas de TV, vice do Santa Cruz acredita em prejuízo por quarentena maior que rivais
Com Arruda vazio, Santa não vem tendo renda de bilheteria (Foto: Camila Sousa/Esp. DP)
Tonico Araújo reforçou que equipe terá problemas econômicos por parada, mas priorizou as questões sanitárias para não pôr vidas em risco
Já se passou um mês e meio desde a última partida do Santa Cruz, uma vitória por 2 a 1 sobre o Decisão, pelo Campeonato Pernambucano. Desde então, com a suspensão dos torneios de futebol no Brasil, por causa da pandemia da Covid-19, há uma incerteza sobre a próxima vez que a Cobra Coral entrará em campo. Além das saudades da torcida, porém, o período sem jogos traz outros prejuízos, entre eles, o financeiro, que, na visão do vice-presidente do clube, Tonico Araújo, pode ser mais afetado que os de Náutico e Sport.
Durante o período paralisado, o Santa Cruz segue tendo compromissos salariais com elenco e funcionários, mas perde uma de suas principais fontes de renda ao longo da temporada: a receita de bilheteria do Arruda. Por estar na Série C, a Cobra Coral também não recebe valores referentes aos direitos de transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro, algo que só existe nas duas primeiras divisões nacionais.
“Isso traz um grande prejuízo para o Santa Cruz, como também traz um prejuízo para os outros clubes. Se quiser relativizar, o prejuízo do Santa Cruz talvez seja maior que o dos dois clubes coirmão, Sport e Náutico, que têm cota de televisão, enquanto o Santa Cruz não tem”, afirmou Tonico Araújo.
Apesar do impacto financeiro, o vice-presidente coral reiterou a necessidade de se priorizar as questões sanitárias, protegendo atletas e demais profissionais do futebol da contaminação com a Covid-19, que, já causou mais de seis mil óbitos no país.
“No meu ponto de vista, começar as atividades ainda neste momento que a gente está vivendo, essa calamidade na área de saúde, eu acho extremamente prejudicial para os atletas e não terá meu apoio pessoal de se começar atividade sem ter extrema segurança para nossos trabalhadores, tantos os atletas, quanto os funcionários do futebol, todo aquele conjunto de pessoas que trabalha nos jogos, mesmo com os portões fechados”.
PORTÃO FECHADO
Ainda que reconhecendo a possibilidade de a medida ser necessária, Tonico Araújo revelou não ser favorável a realização de jogos com portões fechados. O vice-presidente coral afirmou que poderá ser uma medida necessária, mas disse não sentir a mesma emoção nesse tipo de situação. A nível financeiro, os jogos com portões fechados anulariam em definitivo a renda de bilheteria das partidas, que, por ora, estaria apenas sendo postergada.
“Portão fechado, se for liberado pelos órgãos de saúde, é uma forma de se tentar amenizar o problema. Mas, para mim, é ruim. Eu, pessoalmente, não consigo ver futebol com portão fechado, onde a única coisa que você escuta é a batida da bola. A torcida, o público, dá tempero, joga toda uma gama de emoção, faz parte do espetáculo. O futebol, sem torcida no campo é uma coisa muito fria, mas é uma experiência que a gente precisa tomar”.
DP
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