Em parceria com Porto Digital, PCR está montando plano de convivência com a pandemia
Segundo Geraldo Julio, reabertura gradual de alguns setores deve acontecer no decorrer de junhoFoto: Reprodução
De acordo com o prefeito Geraldo Julio, haverá flexibilização de algumas atividades econômicas no decorrer do mês de junho
Dentre os tópicos levantados no grande banco de dados desenvolvido, estão a saúde dos recifenses, os impactos na economia e na geração de renda e várias questões de isolamento. “A partir deste estudo, será montado um plano de convivência com a pandemia, que é justamente o que vai definir o que pode reabrir e quais os critérios para funcionar, sempre levando em consideração os indicadores de saúde”, afirmou.
Ainda de acordo com o gestor municipal, a tendência é que haja uma reabertura gradual durante o próximo mês. A decisão sobre a abertura de cada setor será baseada em dados científicos e através de discussões ampliadas com os segmentos da sociedade. “No decorrer do mês de junho, será possível a flexibilização de algumas atividades de alguns setores da economia”, disse Geraldo.
No entanto, reforçou que o isolamento social é a forma mais eficiente de combater o vírus. “Pedimos um esforço adicional aos recifenses nesses três últimos dias de quarentena mais rígida e lembramos que mais de sete mil vidas foram salvas aqui na cidade por conta do isolamento social”, concluiu.
De acordo com Pierre Lucena, presidente do Porto Digital, no estudo encomendado pela prefeitura do Recife foi calculado o risco de cada atividade econômica, o risco de contaminação dos espaços públicos, os impactos econômicos das atividades e os índices de aglomeração delas. “Em um curto prazo, algumas atividades serão liberadas. Espaços públicos devem reabrir também em breve, para que a população possa aproveitar os equipamentos da cidade durante a pandemia”, destacou.
O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, informou que o isolamento mais rígido reduziu o número de internamentos, tanto na UTI quanto nas enfermarias, e o número de chamados pelo Samu Metropolitano (192) para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “Embora não seja possível ainda cravar a desaceleração da curva de casos como uma tendência permanente, os termômetros atuais apontam para esse achatamento da curva. Além disso, houve redução no atendimento das 22 unidades básicas de saúde dedicadas ao atendimento de SRAG, redução de chamados pelo Samu e também a redução de novos internamentos, tanto na UTI como nas enfermarias”, disse.
Jailson aproveitou para destacar que a melhor quarentena possível no Brasil foi realizada no Recife, que oscilou entre as primeiras posições com maior índice de isolamento entre as capitais. “Todos os dias, o Recife ocupava a liderança ou a vice-liderança do índice de isolamento social entre as capitais do Brasil. Na média, nossa cidade ficou em primeiro lugar. As sete mil vidas salvas graças ao isolamento faz todo o trabalho vale à pena”, concluiu.
Por: Marjourie Corrêa
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