Eduardo Bolsonaro vê ‘momento de ruptura’ e cogita ‘medida enérgica’ contra o STF, caso não haja mais alternativa
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, falou que talvez seja necessário adoção de “medida enérgica” pelo pai. O deputado falou ainda em “momento de ruptura” e disse que a questão não é de “se”, mas, sim, de “quando” isto vai ocorrer. As declarações foram realizadas em live no Canal Terça Livre.
Eduardo Bolsonaro se referia à operação desta quarta-feira, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que executou mandados de busca e apreensão em endereços de aliados do presidente e à divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, autorizada pelo ministro Celso de Mello.
“Essa postura, eu até entendo quem tem uma postura mais moderada, vamos dizer, para não tentar chegar ao momento de ruptura, um momento de cisão ainda maior, um conflito ainda maior. Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas falando bem abertamente, opinião do Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai ocorrer”, afirmou o parlamentar.
Durante a entrevista, Eduardo cogitou a possibilidade de “medida enérgica” pelo presidente da República.
“Quem que é o ditador nessa história? Vale lembrar que, antes do Bolsonaro assumir, falavam que ocorreriam tempos sombrios, perseguição a negros, a pobres, a gays, às mulheres, etc. Pergunta que eu faço: quantas imprensas fecharam no Brasil devido a ordem do presidente? Zero. Quantos presos políticos existem no Brasil? Zero. E a gente está vendo aqui uma iniciativa atrás da outra para esgarçar essa relação. E, depois, não se enganem: quando chegar ao ponto em que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele é que será taxado como ditador”, afirmou o filho do mandatário brasileiro.
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