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quarta-feira, 1 de abril de 2020

SPORT - EFEITO CORONAVÍRUS

Com dominó, baralho e exercícios, Marquinhos trabalha enquanto aguarda volta do Sport

'Fiquei com medo pelos problemas nos aeroportos e preferi ficar aqui com a família, em casa', explicou Marquinhos (Foto: Anderson Stevens/Sport)


Atacante do Leão da Ilha permaneceu na capital pernambucana com a família, que tem nos jogos o principal passatempo do período de quarentena


Já se vão pouco mais de duas semanas desde a última vez em que o Sport entrou em campo, na partida contra o Ceará pela Copa do Nordeste. E com os jogos paralisados, em decorrência da pandemia da Covid-19, a principal preocupação do departamento de fisiologia do clube - e certamente de todos os demais do país -, é justamente em manter o preparo físico dos atletas, ou ao menos garantir uma perda mínima da condição ideal. Mas não só a saúde do corpo gera preocupação. A mente também requer cuidados necessários, tão ou até mais em alguns casos, e os jogadores não estão alheios a isso.

Fato que levou a Organização Mundial de Saúde - OMS a emitir uma série de recomendações para as pessoas, em meio ao confinamento adotado por diversos países como medida principal para evitar a expansão da doença. Entre as indicações na rotina familiar, manter ou criar atividades lúdicas e pedagógicas com crianças, como jogos e brincadeiras, pode ser uma medida na busca pelo aproveitamento do tempo.

É o caso do atacante Marquinhos, do Sport, que optou por neste período de intervalo permanecer no Recife em família com a esposa e o filho, a mãe e os dois irmãos mais novos. Entre as atividades de todos na casa, mesmo com os videogames e a massiva difusão de equipamentos eletrônicos, as principais são o dominó e o baralho. "Lá em Belém nós jogamos muito dominó e baralho e é o nosso maior passatempo aqui", revela o atacante, antes de destacar uma modalidades de aposta que acirra a disputa. "Quem perde toma água, até para fazer uma competição, porque aqui ninguém gosta de perder."

A opção de Marquinhos em permanecer no Recife veio de uma preocupação que se tornou uma das principais desde o confinamento ser recomendado: evitar exposição em viagens. Na volta de Fortaleza para o Recife, já com a Covid-19 apresentando os primeiros números no país, a delegação do Sport chegou a ter o vôo cancelado. "Fiquei com medo pelos problemas nos aeroportos e preferi ficar aqui com a família, em casa."

Marquinhos também explica o esforço para tentar manter uma boa forma física. "Está tudo muito complicado, porque querendo ou não nós não temos estrutura na nossa casa para cumprir os treinamentos que fazemos no clube. Mas estamos nos virando como podemos. Vez em quando, dando uma corrida sozinho à noite, também tenho um amigo personal que está me ajudando, mas fora isso não tem muito o que fazer para manter o condicionamento. É mais essa preocupação de ficar em casa e se alimentar bem, para quando voltar, estar mais tranquilo", apontou.

DP

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