ELEIÇÕES 2020

De olho na PCR, Feitosa assume defesa de Bolsonaro

Depois de se libertar do Solidariedade, uma das sublegendas do PSB no Estado, o deputado estadual Alberto Feitosa, agora filiado ao PSC, está cada vez mais próximo ao presidente da República e tende a ser o candidato das forças bolsonaristas à sucessão do prefeito Geraldo Júlio.

Pelas redes sociais, Feitosa vincula sua imagem a Bolsonaro em postagens ao lado do chefe da Nação. Mas justiça seja feita, isso não é de agora. O deputado foi a Brasília comemorar com Bolsonaro a promulgação da reforma da Previdência, ano passado.

Hoje, Feitosa jogou em suas redes sociais um agradecimento ao presidente pela liberação de recursos para o combate ao coronavirus e também para ajudar trabalhadores informais com um valor mensal de R$ 600, podendo chegar a R$ 1,2 mil no caso familiar.

Ressaltou também a liberação de R$ 1,045 mil do FGTS e a isenção do pagamento da conta de luz para 9 milhões de famílias. "Ninguém está mais atento e disposto a antecipar para o mais breve possível o sofrimento do povo brasileiro", disse. 

Ao se transferir para o PSC, Feitosa ganha de largada o apoio do grupo Ferreira, liderado no Estado pelo prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira. A família tem ainda um deputado federal, André, presidente estadual do PSC, e um deputado estadual, Manoel Ferreira, pai de Anderson e André. Eles arrastam grande parte do fiel eleitorado evangélico para o palanque de Feitosa.

O PSC tem mais cinco deputados estaduais e pode atrair partidos de centro para reforçar a candidatura de Feitosa. O pré-candidato bolsonarista tem também como aliado no Recife o presidente da Embratur, Gilson Neto, uma das pessoas mais próximas a Bolsonaro.

Se Bolsonaro abraçar efetivamente a candidatura de Feitosa a campanha no Recife ganha uma animação diferenciada. Partem de Geraldo e do governador Paulo Câmara o discurso mais radical no Recife e no Estado contra o Governo Bolsonaro. 

Neste caso, se o mote da campanha ganhar contornos nacionais e não municipais, Feitosa cresce e quebra uma aparente polarização entre as candidaturas de João Campos, pelo PSB, e Marília  Arraes, de um PT dividido entre a corrente dela e a do senador Humberto Costa.

por Magno Martins