EFEITO CORONAVÍRUS

'Não há condição': Secretário de Saúde refuta volta imediata do futebol em Pernambuco

André Longo (ao centro), concedeu entrevista coletiva nesta quarta (Foto: Reprodução/YouTube/Governo de Pernambuco)

André Longo concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira e alertou que estado vive momento de crescimento na curva de contaminação

Depois da reunião da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com dirigentes de federações, na última terça-feira, que abriu espaço para o retorno dos estaduais em maio, desde que com o aval dos governos locais, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, refutou as chances de retorno imediato das competições. Terceiro estado com mais mortes pela Covid-19, com 538 óbitos até a manhã desta quarta-feira, Pernambuco está em fase de aceleração da curva epidêmica do novo coronavírus, segundo o chefe da pasta, que afirmou não ser seguro realizar atividades não essenciais nesse momento.

Ainda sem receber uma notificação oficial da CBF sobre a possibilidade da retomada das atividades do futebol, André Longo afirmou que Pernambuco seguirá respondendo aos decretos tomados no estado.

“Nós ainda não tomamos conhecimento oficial dessas decisões. A CBF é um órgão nacional, a gente espera que haja algum entendimento ou alguma manifestação nacional acerca dessa situação. Aqui, se procurados, nós vamos estar atentos ao cumprimento do decreto estadual: aglomerações com mais de dez pessoas. Não consta que o futebol seja atividade essencial”.

Torcedor declarado do Náutico, o secretário afirmou que gostaria de poder voltar acompanhar os jogos do Timbu, mas reforçou a importância de se priorizar as medidas de segurança. “Apesar de eu ser um grande admirador das atividades futebolísticas, ter meu clube de coração, gostaria muito de estar podendo ver o Clube Náutico Capibaribe jogar, mas, infelizmente, neste momento, não há condição para isso”.

André ainda alertou para o risco da exposição ao novo coronavírus. Segundo ele, ainda é necessário se reforçar os cuidados tomados com a pandemia. “Estamos em um momento de franca aceleração da curva epidêmica e voltar a ter uma vida normal no campo de futebol vai fazer com que as pessoas adoeçam. E a gente não quer ver os nossos jogadores adoecendo. Então, nós precisamos resguardar o cuidado. Nesse momento de maior gravidade para Pernambuco, não me parece adequado esse retorno às atividade futebolísticas”.

DP