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quinta-feira, 30 de abril de 2020

CORONAVÍRUS

Cremepe indica uso de pontuação para determinar pacientes que vão para UTI

Lotação de UTIsFoto: Miguel SCHINCARIOL / AFP


Em documento, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco frisou que a idade não deve ser critério adotado

A pandemia do novo coronavírus tem imposto uma sobrecarga nos sistemas de saúde de todo o mundo. No Estado, já há fila de espera por leitos de terapia intensiva, onde ficam os respiradores, equipamentos de suma importância no tratamento da Covid-19, doença provocada pelo vírus. 

Diante disso, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) divulgou uma recomendação para ajudar os médicos a determinarem qual paciente vai ser encaminhado para o leito de UTI.

A sugestão é utilizar o Escore Unificado para Priorização (EUP-UTI) quando houver "ausência absoluta de leitos suficientes para atender a demanda terapêutica”. Para indicar tal diretriz, foram levadas em conta recomendações nacionais e internacionais de saúde.
Segundo a indicação do Cremepe, os pacientes que tiverem menor pontuação quando avaliado o quadro de Síndrome Repiratória Aguda Grave (Srag) devem ter prioridade de acesso aos leitos intensivos. Os que pontuarem mais têm indicação de receber receber cuidados paliativos associados às medidas curativas disponíveis.


O documento do Cremepe lembra que a medicina deve ser exercida “com a utilização dos meios técnicos e científicos disponíveis que visem aos melhores resultados”. Cita ainda que o aumento no número de pacientes com quadros respiratórios graves ameaça um desequilíbrio entre as necessidades da população e a disponibilidade de recursos avançados para o suporte adequado.

Entre outras colocações, o Cremepe frisou que os princípios do direito internacional, em situações de calamidade, exigem um plano de triagem que forneça equitativamente a todas as pessoas a “oportunidade” de sobreviver, porém observando que esses princípios não garantem tratamento ou sobrevivência a todos.

O órgão concluiu ainda que, "se um paciente admitido na unidade de terapia intensiva com critérios limitados não responder ao tratamento prolongado e apresentar piora clínica, a adequação do esforço terapêutico e o encaminhamento da terapia intensiva para os cuidados paliativos podem ser reavaliados”.



Por: Portal FolhaPE

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