Um ano após final emocionante, Pernambucano segue cercado de dúvidas sobre continuidade
Na Ilha, mesmo com total favoritismo, o Sport recebeu o Náutico e foi derrotado, mas se sagrou campeão nos pênaltis (Foto: Paulo Paiva / DP)
Edição 2019 do Estadual foi decidida nos pênaltis, com título do Sport sobre o Náutico; em 2020, torneio enfrenta paralisação e segue com incertezas
No dia 21 de abril de 2019, Maílson, goleiro do Sport, defendia a cobrança de pênalti do zagueiro Diego Silva, do Náutico, e garantia o Leão como campeão pernambucano pela 42ª vez. Exatamente um ano depois, quando o planejamento já previa a preparação dos clubes para o segundo jogo da final da edição 2020 do certame, a disputa segue parada e cercada de dúvidas e incertezas em decorrência da paralisação pelo coronavírus Covid-19.
O ano de 2019 trouxe a terceira decisão de título pernambucano nas cobranças de pênaltis, após vitória do Santa Cruz em 1983 e do Sport em 2006. Emocionante, a final teve uma virada inesperada. O jogo de ida, nos Aflitos, foi vencido pelo Leão, por 1 a 0. Na Ilha, com total favoritismo, o Sport recebeu o Náutico e cada time teve uma expulsão após confusão nos minutos iniciais. O Leão até saiu na frente, mas o Timbu virou no segundo tempo, e o título só veio após duas defesas de pênalti por Maílson.
Segundo o calendário original do Estadual de 2020, a esta altura da temporada, só restaria uma partida para ser disputada no campeonato: o jogo de volta da final, previsto, inicialmente, para o próximo domingo, 26 de abril. A pandemia do Covid-19, porém, alterou os planos da Federação Pernambucana de Futebol, que em 16 de março, decidiu pela paralisação da competição, ainda antes do final da primeira fase do torneio.
A disputa foi interrompida na oitava rodada da primeira fase, a um jogo do fim da etapa, que, em formato de disputa inédito, qualifica os seis primeiros times às fases eliminatórias. Em situações mudadas, Sport e Náutico, que há um ano decidiam o 105º título pernambucano, aguardam o retorno à normalidade para afugentar o fantasma do rebaixamento e tentar seguir na briga por mais uma conquista.
Coincidentemente, a última edição do estadual também viveu a possibilidade de uma paralisação ao fim de sua primeira fase. Na oportunidade, o Flamengo de Arcoverde, que foi punido em 13 pontos pelo STJD, após escalação irregular do atacante Edmilson Junior, pediu a suspensão do campeonato, alegando que deveria se classificar às oitavas, ao invés do rebaixamento que lhe foi imposto. O pedido, porém, não foi atendido na Justiça, mantendo a normalidade do campeonato.
Dessa vez, a paralisação foi aplicada, seguindo os protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela FIFA, e, com a pandemia ainda sendo uma realidade, não há previsão de retomada das atividades no futebol. Os finais dos campeonatos estaduais, inclusive, ainda não são dados como certeza.
Várias possibilidades vêm sendo estudadas sobre a retomada do calendário, mas a Federação Pernambucana ainda busca pelo encerramento regular do torneio. Na visão do presidente da FPF, Evandro Carvalho, o retorno pode ocorrer entre o fim de maio e o início de junho. Se mantendo o regulamento, entre o fim da primeira fase, o mata-mata e o quadrangular do rebaixamento, ainda ocorrerão mais 17 jogos, em, pelo menos, cinco datas.
DP
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