ACABOU O TOMA LÁ DÁ CÁ

Bolsonaro diz que não negocia cargos e que ‘acabou a época da patifaria’

Presidente Jair Bolsonaro, no início da tarde, acenou para apoiadores do alto da rampa do Palácio do Planalto - Foto: Pedro Ladeira/Folhapress.

Alvo da indignação do presidente, Rodrigo Maia acha que ele defende a 'ruptura'

Após afirmar que “não queremos negociar nada”, referindo-se à pressão para entregar cargos em troca de apoio político, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a manifestantes pró-intervenção militar que o Brasil pode contar com ele para fazer tudo aquilo que for necessário para manter a democracia e garantir o que a de mais sagrado, a nossa liberdade”.

Apesar disso, opositores de Bolsonaro viram em seu discurso a pregação da “ruptura democrática”, no discurso que fez em uma camionete diante do quartel-general do Exército.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia entendeu o discurso de Bolsonaro como lhe covinha. Afirmou que é uma “crueldade imperdoável com  as famílias das vítimas” pregar uma ruptura democrática em meio às mortes da pandemia da covid-19. Não foi exatamente o que Bolsonaro afirmou desde quando, esta semana, passou a criticar Maia pela sequência de projetos que fez aprovar que custarão ao País mais de R$1 trilhão.

‘Acabou a época da patifaria’
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”

Para o presidente “todos têm que ser patriotas, acreditar e fazer sua parte para colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Mais que direito, vocês têm a obrigação de lutar pelo país de vocês”.

Por Claudio Humberto