DM do Náutico fala de imprevisibilidade de lesões graves: "Foi um acaso bem ruim"
Timbu tem média de uma lesão grave e de afastamento considerado longo a cada 7,5 dias (Foto: Divulgação/Náutico)
Médico Raphael Burlamaqui coloca que problemas físicos de Álvaro, Matheus Carvalho e Ronaldo Alves são acarretados por traumas
Quando muitas lesões passam a tirar atletas importantes de campo como tem sido o caso do Náutico neste início de ano, o trabalho que é feito pela preparação física e pelo departamento médico do clube passa a ser alvo de dúvidas e criticas por parte da torcida.
Pensando nisso, o médico do Náutico, Raphael Burlamaqui fez questão de esclarecer as razões pelas quais o Timbu perdeu tantos jogadores importantes por lesões graves, além de isentar o trabalho desenvolvido nos setores do Clube ao atribuir as lesões ao acaso.
"Claro que quando você está em um momento ruim, com muitas lesões, vem críticas de todos os lados. Mas todo o preparo que vem sendo feito aqui, é pensado nos jogadores, e não nas lesões. A grande parte dos jogadores vai apresentar algum tipo de lesão, e aqui no Náutico não vai ser diferente. Claro que se faz tudo para que essas lesões diminuam, a gente faz todo um preparo preventivo para que isso não aconteça, mas infelizmente acontece e tem coisas que fogem da gente."
"Geralmente esses tipos de lesão são típicas de um mecanismo de trauma. A do ligamento cruzado anterior do joelho é um tipo de trauma em que o joelho roda. É uma entorse do joelho. Você vai prevenir isso de acordo com o trabalho que se faz. Mas o mecanismo do trauma é que determina o tipo da lesão. A mesma coisa do tendão de Aquiles de Ronaldo Alves, em que o mecanismo do trauma que acarreta a lesão. Você faz o trabalho muscular, prepara o jogador, mas é o trauma. Infelizmente foi um acaso bem ruim para a gente. Mas vamos em frente e reabilitar todos para ir em frente de novo", explicou o médico.
Quanto ao efeito desses desfalques no elenco, atualmente, o Departamento Médico do Náutico está ocupado por oito dos 38 atletas utilizados nas primeiras 14 partidas do ano, algo que representa 21% do plantel Timbu.
Se levarmos em consideração apenas as lesões mais graves, as rupturas de ligamento do joelho (Matheus e Álvaro), do tornozelo (Kieza) e do tendão de Aquiles (Ronaldo Alves), que ocorreram em um intervalo de apenas 30 dias (Entre 31 de janeiro e 01 de março), o Timbu tem a média de uma lesão grave e de afastamento considerado longo a cada 7,5 dias.
Por isso, o médico relembra que no ano de 2018, o Náutico também passou por um conturbado período com muitas lesões. E que por isso, o clube tem trabalhado com um elenco com vasta gama de opções.
"A gente trabalha com um elenco grande e a gente tem que suprir essa demanda, e a gente supre. Tivemos anos também assim. Tivemos um período de 2018 em que o DM estava bem conturbado também e a gente conseguiu suprir e reabilitar os jogadores. Já tivemos em 2018 e conseguimos suprir e nesse ano não vai ser diferente", finalizou.
DP
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