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quinta-feira, 26 de março de 2020

FEDERAÇÃO PERNAMBUCANA DE FUTEBOL

ONDE ESTÁ O DINHEIRO?

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol - FPF -, Evandro Carvalho, surpreendeu a todos quando, no início da semana, em entrevista ao Sistema Jornal do Comércio de Comunicação, afirmou que a entidade tinha apenas R$ 32 mil em caixa. Não falou em investimentos, aplicações, nem quanto havia liberado, como empréstimo, para clubes filiados.

Desde a época do poderoso presidente, Rubem Moreira, da FPF, até os dias atuais, é voz corrente entre os dirigentes de clubes, que "a Federação vive cheia de dinheiro enquanto os clubes estão falidos". Eis a razão de ter soado estranho as declarações do presidente, Evandro Carvalho.
Certa vez, quando apresentava o programa ESPORTES NO 11, junto com o amigo e também jornalista, Beto Lago, na TV Universitária, o ex-presidente da FPF, Fred Oliveira, foi taxativo ao afirmar que "Evandro Carvalho era perdulário".

Bom! Cada um com seu jeito de ser, e de administrar.

Quando o ex-presidente, Carlos Alberto Oliveira, faleceu, em 2012, deixou a Federação com R$ 1,7 milhão em caixa.
Recordo de uma viagem que fiz a Pesqueira, Interior do Estado, junto com o presidente, Evandro Carvalho, e Murilo Falcão, diretor de competições da FPF. A época Evandro revelava seu pensamento como administrador, e foi taxativo ao ressaltar que não via a Federação como uma empresa financeira, guardando dinheiro quanto tinha muitas coisas a serem feitas.

Nesta mesma viagem revelou seu projeto de construir algumas arenas regionais para fortalecer o futebol do Interior. O sonho não se tornou realidade, mas muitos investimentos foram feitos na sede da Federação. A recuperação e reforma estrutural eram necessárias, assim como, o projeto de colocar a entidade em sintonia com o novo tempo. O projeto de informatização da casa é um modelo a ser copiado no futebol brasileiro. Evidente que, com tantos investimentos, o caixa deixado por Carlos Alberto Oliveira baixou sensivelmente, mas Evandro Carvalho se revelou um mestre na busca de parceiros, e captação de recursos.

O balanço de 2018 da Federação Pernambucana de Futebol apresentou um saldo positivo de mais de R$ 300 mil. O balanço de 2019 ainda não foi publicado. Sabemos que a FPF emprestou R$ 3,5 milhões ao filiado, Santa Cruz Futebol Clube, dinheiro que deve demorar para voltar aos seus cofres em virtude da precária saúde financeira do Clube do Arruda. Empréstimos também foram feitos ao Náutico e a clubes do Interior. 
A FPF, a exemplo das outras federações estaduais, recebe, mensalmente, uma verba de R$ 50 mil, cujo destino é o pagamento da folha pessoal. A Federação também fatura com a cobrança de taxas que vão desde a inscrição e transferência de atletas até desconto em premiações dos clubes. A entidade deu uma mordida nos ganhos que os clubes tiveram ao passar de fase na Copa do Brasil.
Em síntese: a Federação não é uma empresa financeira, mas sabe ganhar dinheiro.
Não é certo questionar o quanto a entidade tem em caixa, mas é justo querer ver os caminhos que o dinheiro tomou.

ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
CLAUDEMIR GOMES
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol - FPF -, Evandro Carvalho, surpreendeu a todos quando, no início da semana, em entrevista ao Sistema Jornal do Comércio de Comunicação, afirmou que a entidade tinha apenas R$ 32 mil em caixa. Não falou em investimentos, aplicações, nem quanto havia liberado, como empréstimo, para clubes filiados.
Desde a época do poderoso presidente, Rubem Moreira, da FPF, até os dias atuais, é voz corrente entre os dirigentes de clubes, que "a Federação vive cheia de dinheiro enquanto os clubes estão falidos". Eis a razão de ter soado estranho as declarações do presidente, Evandro Carvalho.
Certa vez, quando apresentava o programa ESPORTES NO 11, junto com o amigo e também jornalista, Beto Lago, na TV Universitária, o ex-presidente da FPF, Fred Oliveira, foi taxativo ao afirmar que "Evandro Carvalho era perdulário".
Bom! Cada um com seu jeito de ser, e de administrar.
Quando o ex-presidente, Carlos Alberto Oliveira, faleceu, em 2012, deixou a Federação com R$ 1,7 milhão em caixa.
Recordo de uma viagem que fiz a Pesqueira, Interior do Estado, junto com o presidente, Evandro Carvalho, e Murilo Falcão, diretor de competições da FPF. A época Evandro revelava seu pensamento como administrador, e foi taxativo ao ressaltar que não via a Federação como uma empresa financeira, guardando dinheiro quanto tinha muitas coisas a serem feitas.
Nesta mesma viagem revelou seu projeto de construir algumas arenas regionais para fortalecer o futebol do Interior. O sonho não se tornou realidade, mas muitos investimentos foram feitos na sede da Federação. A recuperação e reforma estrutural eram necessárias, assim como, o projeto de colocar a entidade em sintonia com o novo tempo. O projeto de informatização da casa é um modelo a ser copiado no futebol brasileiro.
Evidente que, com tantos investimentos, o caixa deixado por Carlos Alberto Oliveira baixou sensivelmente, mas Evandro Carvalho se revelou um mestre na busca de parceiros, e captação de recursos.
O balanço de 2018 da Federação Pernambucana de Futebol apresentou um saldo positivo de mais de R$ 300 mil. O balanço de 2019 ainda não foi publicado. Sabemos que a FPF emprestou R$ 3,5 milhões ao filiado, Santa Cruz Futebol Clube, dinheiro que deve demorar para voltar aos seus cofres em virtude da precária saúde financeira do Clube do Arruda. Empréstimos também foram feitos ao Náutico e a clubes do Interior.
A FPF, a exemplo das outras federações estaduais, recebe, mensalmente, uma verba de R$ 50 mil, cujo destino é o pagamento da folha pessoal. A Federação também fatura com a cobrança de taxas que vão desde a inscrição e transferência de atletas até desconto em premiações dos clubes. A entidade deu uma mordida nos ganhos que os clubes tiveram ao passar de fase na Copa do Brasil.
Em síntese: a Federação não é uma empresa financeira, mas sabe ganhar dinheiro.
Não é certo questionar o quanto a entidade tem em caixa, mas é justo querer ver os caminhos que o dinheiro tomou.

CLAUDEMIR GOMES

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