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sexta-feira, 27 de março de 2020

EFEITO DO CORONAVÍRUS

Clubes acordam férias coletivas de 20 dias para os jogadores a partir de 1º de abril

No dia 15 de abril, clubes voltam a se reunir para saber se irão estender ou não as férias por mais dez dias (Foto: CBF/Divulgação)


Com relação aos salários, cada clube terá liberdade para negociar individualmente com os seus elencos


Após várias reuniões e muitas divergências entre clubes e representantes dos jogadores, nesta quinta-feira ao menos um ponto foi acertado. Por conta das paralisações dos campeonatos, motivadas pela pandemia do coronavírus, os clubes concederão aos seus elencos um período de férias coletivas de 20 dias, a partir de 1ª de abril, próxima quarta-feira. Com a possibilidade desse prazo ser estendido por mais dez dias, caso a situação não se normalize. Um encontro no dia 15 irá definir essa questão.

A partir daí, não há mais consenso entre as duas partes. Inicialmente, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) defendia, de imediato, o gozo das férias completas de 30 dias, com a remuneração do período sendo paga apenas em maio, até o dia 5. Além disso, a entidade que representa os jogadores também pede que os atletas tenham direito a mais dez dias de folga remunerada, em dezembro, para as festas de Natal e Ano Novo. 


Também nesta quinta, de forma conjunta, os clubes da Série B, entre eles o Náutico, se anteciparam e já se posicionaram ao apresentarem suas medidas. Das quais, já englobava a antecipação das férias, em 20 dias, a partir do próximo dia 1. Além disso, se comprometeram em pagar integralmente os salários de março, bem como solicitarem à CBF e às federações 20 dias de “pré-temporada” antes do retorno oficial dos jogos.

Outros dois pontos são mais polêmicos. O primeiro diz respeito a redução de 25% dos salários, após o período de férias, caso as competições permaneçam paralisadas. Além disso, os clubes querem suspender os direitos de imagens dos atletas durante o período de paralisação, cabendo a cada clube individualmente analisar e observar as características próprias dos respectivos contratos.

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, o advogado do sindicato dos jogadores do Estado, Arrtur Pedro Vieira reconheceu que a proposta dos clubes da Série B é quase idêntica à defendida pela Fenapaf. Mas pontuou que a questão do direito de imagem precisa ser revisto.”Um acerto está mais perto do que longe. Nós já tivemos grandes vitórias”, reconheceu.

“O único ponto que está pegando é a imagem. O salário de março, por exemplo, precisa ter a carteira e a imagem integral e precisam ser pagos até o dia 7 de abril. Com relação aos outros meses (corte de 25%), isso é uma coisa que teremos que ver no futuro, em outra reunião. Ninguém sabe como vai estar a situação. Falar em desconto agora é precipitado”, finalizou o advogado.  


DP

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