Sport e Retrô descartam pedido de anulação de partida, mas árbitro ficará sujeito a avaliação
Árbitro assinalou impedimento e reiniciou o jogo, porém voltou atrás da decisão (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Presidente da FPF, Evandro Carvalho, aponta que árbitro José Woshington pode ser submetido a reciclagem ou treinamento pela CEAF-PE
Um dia após o empate entre Sport e Retrô em 1 a 1, pela quinta rodada do Campeonato Pernambucano, o resultado do jogo correu o risco de não ser validado. Isso porque, ao voltar atrás da decisão de anular o gol marcado por Hernane com a partida já reiniciada após o lance, o árbitro José Woshington não agiu conforme dita o segundo parágrafo da Regra nº 5 do futebol. No entanto, o resultado deve ser mantido, uma vez que os clubes não demonstraram interesse em impugnar o placar final.
“O árbitro não pode alterar uma decisão de reinício de jogo, ainda que se convença do erro, quer por entendimento próprio ou em razão da opinião de outro árbitro da partida, se já houver reiniciado o jogo”, aponta o texto da Confederação Brasileiro de Futebol - CBF.
A reportagem ouviu o diretor do Sport Wanderson Lacerda, que embora tenha apontado o clube rubro-negro como prejudicado na partida, descarta qualquer possibilidade de queixa sobre o resultado final do jogo.
"Prejudicado, foi. Com um pênalti e com um gol impedido, mas já passou. É passado. Vira a página. Não vamos deixar de registrar os erros da arbitragem de ontem. O pênalti não marcado em Brocador e o gol do Retrô, que o jogador (Hericles) estava em posição de impedimento”, apontou Wanderson.
No Retrô, o diretor de futebol Gustavo Jordão acompanha a decisão do clube leonino. "A gente quer que o resultado continue, que se valide, até para não atrapalhar calendário, a vida de todo mundo”, porém endossa a existência de erros cometidos, apesar de apontar justiça no placar.
“Acredito que o jogo retratou um resultado justo, apesar desses erros de arbitragem, e a gente não quer polemizar, a gente quer ajudar. Entendemos que a Federação Pernambucana está fazendo a reciclagem do quadro de arbitragem e que isso vai acontecer, é normal isso acontecer. E, da iniciativa dela, a partir da segunda fase da competição vai ter o VAR, que vai melhorar ainda mais, mas, da nossa parte, não existe nenhuma possibilidade da gente querer a anulação da partida", reafirmou.
ÁRBITRO SERÁ AVALIADO
Por sua vez, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol alega que é necessário que haja uma avaliação jurídica sobre o caso antes de apontar o resultado. “A ocorrência de um suposto erro de direito carece de todo um processo legal, e representação e apuração. Por exemplo: basta o árbitro dizer que não deu andamento ao jogo, que não determinou o reinício e pronto. Acabou o erro de direito.” Porém reconhece.
“Houve um erro? Houve. Mas, se esse erro foi de fato ou de direito, só é explicitado depois de um longo processo com apuração. Não existe uma coisa consumada. Isso carece de provocação de clubes, de apuração, um processo legal de investigação, uma série de coisas.Não existe uma convicção. Isso é subjetivo”, completa.
Ainda de acordo com o presidente da FPF, o árbitro José Woshington será avaliado pela Comissão Estadual de Arbitragem do Futebol - CEAF-PE. “É uma questão técnica que a comissão vai avaliar na opinião dela, se o árbitro foi bem ou mal. Se foi bem, continua a apitar. Se foi mal, a comissão vai determinar se haverá uma reciclagem, um treinamento. É um problema da comissão não é da federação e nem dos clubes”, acrescentou Evandro.
Na súmula da partida, o árbitro não relatou irregularidades.
Na súmula da partida, o árbitro não relatou irregularidades.
DP
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