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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

CORONAVÍRUS

Recife prepara profissionais de saúde para eventuais casos de coronavírus

Capacitação sobre o coronavírus deve atingir mais de 2500 profissionais de saúdeFoto: Arthur Mota / Folha de Pernambuco


Mesmo sem casos suspeitos, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou uma capacitação que deve preparar mais de 2500 profissionais da área de saúde

Mesmo sem casos suspeitos de infecção pelo coronavírus em Pernambuco, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou capacitação que deve preparar mais de 2.500 profissionais da área de saúde para lidar com assuntos relacionados ao vírus. Médicos, enfermeiros e profissionais da atenção básica, média e alta complexidade participam da capacitação, que deve ser concluída até o fim deste mês. Além do treinamento com os profissionais de saúde, taxistas e motoristas de aplicativos e profissionais da secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife devem receber orientações sobre o vírus.

Nas capacitações, que foram iniciadas na última sexta-feira (31) com um treinamento voltado para profissionais da vigilância epidemiológica, são apresentadas informações sobre como identificar e lidar com eventuais casos suspeitos. Além dos encontros presenciais, os treinamentos devem ser realizados por meio de videoaulas e vídeo-conferências.

Segundo a diretora executiva de Vigilância de Saúde do Recife, Joana Freire, não há casos suspeitos na capital pernambucana, no entanto, "se tratando de epidemiologia e considerando o alto fluxo de pessoas, pode existir a entrada do vírus em território pernambucano". "Na capacitação falamos sobre os sintomas, as características do vírus, a sua transmissibilidade", afirmou a diretora.

"A intenção é de compartilhar informações atualizadas. Alertar sobre a conduta dos profissionais, sobre o que é o coronavírus, como pode ser transmitido, como devemos lidar com casos suspeitos e como tomar as medidas de proteção devidas. Além desses pontos, orientamos os profissionais sobre os fluxos assistenciais", disse o secretário de Saúde do Recife, o infectologista Jailson Correia. As orientações seguem as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Sobre o Carnaval, evento que deve atrair milhares de turistas à capital pernambucana, o secretário afirmou que não há uma clara ameaça. "Lidaremos com o Carnaval fazendo uma operação de engajamento e vigilância, como com outras doenças como as sexualmente transmissíveis e infecções que são comuns na época", completou Correia. 

De acordo com o secretário, um caso pode ser considerado como suspeito se o paciente tiver os sintomas e se tiver visitado a China recentemente ou mantido contato próximo com alguém que possua suspeita. Em boletim divulgado na última segunda-feira (3), o Ministério da Saúde apontou que 14 pacientes são monitorados no Brasil por suspeita de terem sido infectados por coronavírus. A nova variação do coronavírus, chamado de novo coronavírus 2019-nCoV, foi descoberta no fim de dezembro de 2019 e pode causar doenças respiratórias em seres humanos e animais.

No Estado:

Em Pernambuco, o Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios (Sindhospe) recebeu o secretário estadual de saúde, André Longo, para discutir protocolos preventivos ao Coronavírus. A reunião teve o objetivo de reforçar a orientação para um possível atendimento de casos suspeitos. Para o secretário, temos um cenário preparado para o caso de alguma suspeita. "Nós estamos falando aqui dentro de um ambiente onde não temos sequer um caso confirmado n
Por: Vinícius Lucenao Brasil, nem caso suspeito em Pernambuco", e continuou: "Na saúde estamos perfeitamente alinhados para lidar com casos suspeitos que possam aparecer".

Com relação à ligação que está sendo feita entre o vírus e a população de descendência chinesa ou chineses que morem no Estado, André salientou que não é necessária tamanha preocupação. "É preciso, inclusive, dizer isso, o chines que tá aqui, que tá erradicado aqui, não é nada diferente do brasileiro. A gente precisa só ter alguma preocupação com indivíduos que tenham viajado para áreas de risco", concluiu.


Por: Vinícius Lucena

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