30° Encontro de Maracatus de Baque Solto mantém viva a cultura pernambucana
MaracatuFoto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco
Com três dias de apresentações, sendo no domingo e na terça-feira de Carnaval em Aliança, e na segunda-feira em Olinda, o encontro é apreciado por foliões de todo o mundo
Tradição, pluralidade, encanto e resistência. Esse foi o ritmo do 30° Encontro de Maracatus de Baque Solto, nesta segunda-feira (24) de Carnaval, no Espaço Ilumiara Zumbi, na Cidade Tabajara, em Olinda. A festividade, iniciada em 1990 pelo Mestre Salustiano, recebeu 95 grupos e cerca de 15 mil brincantes de 22 cidades pernambucanas para manter viva a cultura do Estado.
"Essas pessoas passam o ano inteiro nos preparativos. Na semana seguinte ao Carnaval, os trabalhadores da Zona Rural já estão tirando recursos de onde não tem, pois esse movimento faz parte da vida deles, e isso é muito importante", salientou Maciel Salú, filho do Mestre Salustiano, tendo contato com a cultura popular desde o berço.
Com três dias de apresentações, sendo no domingo e na terça-feira de Carnaval em Aliança, e na segunda-feira em Olinda, o encontro é apreciado por foliões de todo o mundo. "Eu acho incrível. O Brasil tem uma cultura muito linda. Nunca vi nada parecido por onde passei. É uma manifestação única", ressaltou o francês Edwin Correia, que aproveitou as férias para brincar o Carnaval de 2020 no Brasil.
"É a força da nossa cultura popular. Tem gente que passa todos os dias do ano esperando para ter essa oportunidade de se apresentar no Espaço Ilumiara Zumbi na Casa da Rabeca. É um lugar que representa toda a nossa história e eu faço sempre questão de estar aqui e prestigiar essa riqueza, que é feita por pessoas muito humildes, mas que têm uma história muito forte, sendo passada de pai pra filho", destacou o Prefeito do Recife, Geraldo Júlio, após o almoço com as autoridades da Casa da Rabeca.
Neste ano, o encontro homenageia nomes como: Ceça do Cruzeiro do Forte, Mestre Caju, Mestre Zé Flor do Leãozinho de Itaquitinga, Bartô do Leão Vencedor de Chã de Alegria, Carlinhos do Piaba de Ouro e Neguinho do Imbé do Leão da Serra de Carpina. O grupo de Maracatu de Baque Solto mais antigo é o Cambindinha de Araçoiaba, de 1914; e, entre os mais jovens, estão o Estrela Brilhante de Limoeiro e o Estrela Cadente da Usina Barra, de Vicência, ambos fundados em 2019.
Por: Maria Lua Ribeiro, da Rádio FolhaPE
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