Peça teatral prova que arte de qualidade não precisa de dinheiro público para ser sucesso
Público que lota as exibições no Teatro Renaissence é surpreendido pelo aviso que precede o início da peça de Juca de Oliveira, estrelada por Fúlvio Stefanini
O público paulistano que lota as exibições de “Mãos Limpas”, no Teatro Renaissence, é surpreendido pelo aviso que precede o início da peça de Juca de Oliveira, estrelada pelo estupendo Fúlvio Stefanini: não há dinheiro público no espetáculo. Os fãs adoram, orgulhosos, na expectativa de que essa atitude vire tendência; um movimento bem mais digno do que choramingar por dinheiro público bancando projetos que raramente o merecem. Arte de qualidade rende e dá prestígio.
Se o espetáculo é bom, bem dirigido, atores de primeira, não tem erro: é sucesso garantido. Assim se ganha honestamente fazendo arte.
No Festival de Berlim, há dias, o diretor Kleber Filho choramingou por “projetos congelados”, à espera de dinheiro público. Constrangedor.
Em 2018, o governo distribuiu R$700 milhões para filmes vistos apenas em sonolentas sessões domésticas promovidas pelos seus diretores.A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
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