Assessor do Planalto usa jato da FAB para voo exclusivo à Índia e é afastado por Bolsonaro
Presidente da República Jair BolsonaroFoto: Money SHARMA / AFP
Bolsonaro ficou irritado com o fato de Santini ter usado um jato da FAB com apenas três passageiros para voar de Davos para Déli
"Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de executivo do Onyx [Lorenzoni]. Destituído por mim. Vou conversar com Onyx para decidir quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É inadmissível o que aconteceu, ponto final", afirmou o presidente ao chegar ao Palácio da Alvorada após viagem à Índia.
Bolsonaro ficou irritado com o fato de Santini ter usado um jato da FAB com apenas três passageiros para voar de Davos, onde participava do Fórum Econômico Mundial, para Déli, para acompanhar a viagem presidencial.
A informação foi divulgada pelo jornal O Globo. Segundo o jornal, Santini seguiu de Davos (Suíça) para a Índia num voo da FAB com apenas mais duas assessoras. O secretário estava representando o titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que está em férias.
Ao dizer que Santini deixará o posto que ocupa atualmente, o presidente não excluiu a possibilidade de ele ocupar outra funções no governo. "O cargo de executivo da Casa Civil já está perdido. Outras coisas virão depois de eu conversar com Onyx", disse. "Isso é decisão minha. Aguardo Onyx, não posso também desprestigiar o ministro, né? Vou ver os argumentos dele. Daí ver se teremos mais alguma medida suplementar disso aí", disse.
Bolsonaro disse que o uso da aeronave não é "ilegal" mas "imoral". A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que "a solicitação [do avião] seguiu os critérios definidos na legislação vigente".
"O que ele fez não é ilegal, mas é completamente imoral. Ministros antigos foram de aviões comercial, classe econômica. Eu mesmo já viajei no passado, não era presidente, para Ásia toda de comercial classe econômica, e não entendi. A explicação que chegou no primeiro momento 'ele teve de participar de reunião de ministros por isso...' Essa não, essa desculpa não vale."
Folhapress
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