Brasil: cresce o número de prefeitos assassinados em 3 anos
Chiquinho Campaner, prefeito assassinado nesta semana, ao lado do governador de São Paulo, João Doria (PSDB),
na época da pré-campanha para o governo do estado, em 2018
Casos em SP e CE elevam a 10 o número de prefeitos assassinados em 3 anos
Às vésperas de um ano com eleições municipais, o Brasil viu dois prefeitos serem assassinados nesta semana: em Granjeiro (CE) e em Ribeirão Bonito (SP). Com estes casos, subiu para dez o número de prefeitos eleitos em 2016 mortos nestes últimos três anos, de acordo com levantamento feito pelo UOL. Em 2019 apenas, foram quatro casos.
A região Norte é a que tem mais casos no total: foram quatro assassinatos. A reportagem também contabilizou ao menos quatro tentativas de homicídio contra prefeitos do país no período. Houve, ainda, um incidente apontado como suicídio. O levantamento não inclui crimes cometidos contra outros políticos, como vereadores e ex-prefeitos.
Prefeito investigado
Em Granjeiro, no sul do Ceará, o prefeito João Gregório Neto (PL) foi baleado pelas costas quando caminhava ao lado de um açude perto de sua casa, na véspera de Natal. Os atiradores teriam passado de carro pelo local. Em 2018, Neto fora alvo de uma operação da Polícia Federal contra fraudes em contratos para a construção de escolas. Na ocasião, os policiais chegaram a apreender R$ 213 mil em espécie na casa dele.
Tucanos assassinados em SP Em Ribeirão Bonito, na região central de São Paulo, o prefeito Chiquinho Campaner (PSDB) foi morto a tiros anteontem em uma estrada rural. Dois homens encapuzados teriam chegado em uma moto e interceptado o veículo do político.
O chefe de gabinete da prefeitura, Edmo Marquetti, e Ary Santa Rosa, que seria amigo do prefeito, também foram baleados.
Campaner levou um tiro na cabeça e três no peito. Ele era empresário, tinha exercido quatro mandatos como vereador e estava no primeiro mandato como prefeito. O tucano chegou a enfrentar uma ação civil pública por improbidade administrativa, que acabou arquivada pela Justiça.
O caso amplia o histórico de políticos do PSDB assassinados no estado. Ele foi o terceiro prefeito tucano morto a tiros em São Paulo em menos de dez anos. Os outros casos aconteceram em Jandira (na região metropolitana de São Paulo), onde Braz Paschoalin morreu baleado em 2010, e em Elias Fausto, na região de Campinas, onde a vítima foi Laércio Betarelli, em 2015.
Do UOL
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