PSB já prega distância de Lula
No congresso da autorefoma do PSB, no Rio, com direito a descampar para o debate internacional, choveu pauleira no PT e a pregação, quase consensual, de que o partido deve se distanciar do lulismo-petismo e da própria sombra do ex-presidente Lula.
Então lulista de carteirinha, o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, disse que as falas de Lula, após a sua soltura, isolam o PT, quando afirmam que o partido não nasceu para apoiar, mas para ser apoiado, abrindo, assim, o caminho para candidaturas próprias nas capitais e em colégios eleitorais acima de 200 mil eleitores.
“Lula se comporta muito mais como chefe de partido, quando deveria ser um líder com estatura para aglutinar mundialmente setores afinados com a democracia”, reclamou Coutinho. “Se o PT acha que não precisa fazer autocrítica, essa já é a nossa maior diferenciação”, bradou o ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
Nem livre, nem preso
Uma das falas que mais repercutiram foi a do vice-presidente nacional do PSB, Beto Albuquerque (RS). “Não somos nem Lula livre nem Lula preso. Isso é questão da justiça. Nossa luta é pela democracia e contra a brutal desigualdade”, disse. O deputado Júlio Delgado (MG) afirmou que o PSB já se afastou do PT ao discordar de NIcolás Maduro e sair do Foro de São Paulo.
Voz destoante
Já o prefeito Geraldo Júlio, que tem interesse na manutenção da aliança com o PT no Recife, foi dissonante. Para ele, o debate deve se concentrar na melhoria da vida dos brasileiros e pregou a união da oposição para o combate as perdas sociais. “Não é o momento de discutir a hegemonia de A, B ou C”, afirmou. Pelo jeito, não há consenso no divórcio com Lula.
por Magno Martins
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