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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

SAÚDE DO FUNDADOR DO WIKILEAKS

Médicos preocupados com saúde de Assange

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, é preso na embaixada equatoriana de Londres - 11/04/2019  (The Guardian/Reprodução
Médicos manifestam preocupação com saúde de Julian Assange. Grupo com mais de 60 médicos assinou carta aberta requisitando cuidados com as condições físicas e mentais do fundador do Wikileaks.

Mais de 60 médicos manifestaram preocupação com o estado de saúde do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, detido em Londres e contra quem pesa uma ameaça de extradição para os Estados Unidos, que o acusam de espionagem, em carta aberta divulgada nesta segunda-feira, horário local.
“Escrevemos esta carta aberta, como médicos, para expressar nossa grande preocupação com o estado de saúde físico e mental de Assange”, assinalam os médicos na carta, endereçada à ministra do Interior britânica, Priti Patel, e à encarregada do assunto no Partido Trabalhista (oposição), Diane Abbot.
Tomando como base vários relatórios, incluindo o do Relator Especial da ONU sobre a Tortura, Nils Melzer, que, no começo de novembro, afirmou que a vida de Assange corria risco, os signatários expressaram sua “séria preocupação coletiva, para chamar a atenção do público e do mundo para esta grave situação”.
“Avaliamos que Assange precisa urgentemente de uma avaliação médica do seu estado de saúde físico e psicológico”, reforçaram os médicos, que atuam em Estados Unidos, Austrália, Reino Unido ou Suécia. Eles sugerem que Assange seja atendido em um hospital, por profissionais qualificados. “Tememos verdadeiramente, com base em elementos disponíveis, que Assange possa morrer na prisão.”
No começo de novembro, o relator especial da ONU sobre a Tortura expressou preocupação com “novas informações médicas, transmitidas por fontes confiáveis, que afirmam que a saúde de Assange entrou em um círculo vicioso de ansiedade, estresse e impotência típico de pessoas expostas a um isolamento prolongado e a uma arbitrariedade constante”.

Da Redação da Veja

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