Novo titular do Sport, Luan Polli fala sobre a importância da sua família na carreira
'Eu luto muito pela minha família. Eu acho que se hoje eu estou aqui é por eles', contou (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Goleiro coloca que começou a jogar futebol por causa do pai, que calçava as luvas na várzea
Um ano, dois meses e 20 dias. Este foi o tempo que o goleiro Luan Polli precisou esperar para ter a primeira oportunidade como titular no gol do Sport. O jogador foi o escolhido para substituir Mailson, que lesionou o joelho, diante do Cuiabá, em choque com Adryelson. Visto com insegurança pela torcida antes de sua estreia, o arqueiro vem de duas boas atuações, e se mantém invicto, com um empae e uma vitória.
Em sua primeira entrevista coletiva após assumir a titularidade na meta leonina, o goleiro falou sobre sua trajetória no esporte e colocou que a família teve papel essencial durante o tempo em que precisou aguardar para estrear pelo Sport, uma vez que em sua chegada, o atleta veio para ser o terceiro goleiro, atrás de Magrão e Mailson.
“Sempre trabalhei aqui com os pés no chão porque sabia que a oportunidade ia aparecer, mas tem horas que desanima. A gente não é de ferro. A gente é humano. Eu acho que em qualquer área e qualquer situação que a oportunidade aparece longe e não vai chegar, a gente precisa do apoio da família, que é muito importante nesse quesito", relembrou Polli, que teve no clube pernambucano uma chance de recomeço.
"Antes disso fiquei seis meses desempregado quando saí do Boa Esporte e fui na Itália tirar meu passaporte e quem sabe buscar uma oportunidade lá, mas não aconteceu. Apareceu essa oportunidade em Malta e eu tinha que estar em ação para voltar ao mercado”, contou.
Com raízes familiares muito fortes, o jogador de 26 anos revelou que a inspiração para se tornar um atleta profissional veio do seu pai, ainda na infância e que a família é a grande motivação para que ele continuasse trabalhando na carreira.
“Eu luto muito pela minha família. Eu acho que se hoje eu estou aqui é por eles. Comecei a ser goleiro pelo meu pai. Ele faleceu eu tinha quatro anos e a gente morava numa casa que tinha um quartinho com umas coisas guardadas. Eu sempre fui muito curioso e acabei encontrando uma chuteira e perguntei a minha mãe de quem era. Ela disse que era do meu pai e que ele era goleiro na várzea. Ali eu falei que queria ser jogador. Jogava na linha, mas não tinha aquilo como uma coisa certa. Aí comecei a jogar no gol numa escolinha da minha cidade. Foi onde tudo começou.”
Antes de ser escolhido como o novo titular da meta do Sport, Luan teve oportunidades em jogos amistosos e partidas pelo Campeonato Brasileiro de Aspirantes. O jogador também enalteceu o apoio que foi dado pelos colegas do elenco e a confiança depositada nele pelo técnico Guto Ferreira.
“Tive oportunidade no amistoso (contra o CSA) e no Sub-23 e eu agarrei com as duas mãos. Isso me deu confiança para seguir trabalhando porque em algum momento a oportunidade ia aparecer. Guto sempre me deixou bem tranquilo e nunca me questionou por eu não estar fazendo um bom trabalho. Sempre me deu moral para que eu continuasse a trabalhar. A oportunidade não avisa. Ela simplesmente aparece e foi como aconteceu. Ele me ajudou junto com o elenco desde o jogo contra o Brasil de Pelotas.”.
DP
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