Rodoviários protestam por três horas contra a demissão de cobradores
Motoristas e cobradores de ônibus fazem protesto na Av. Conde da Boa VistaFoto: Rafael Furtado / Folha de Pernambuco
Os protestos ocorreram na Av. Guararapes, na Av. Conde da Boa Vista e na rua da Aurora. O trânsito foi liberado por volta das 11h
Um protesto realizado contra as demissões dos cobradores das linhas de ônibus paralisou o trânsito, na manhã desta quarta-feira (30), no cruzamento da avenida Guararapes com a rua do Sol. A paralisação dos ônibus, que durou cerca de três horas, atingiu também a avenida Conde da Boa Vista e a rua da Aurora. O trânsito, interrompido às 8h. foi liberado por volta das 11h.
Segundo o presidente eleito do sindicato dos rodoviários Aldo Lima, da gestão que deve tomar posse do fim de dezembro, cerca de 30% dos veículos que circulam pelo Recife e Região Metropolitana já rodam sem a presença de cobradores. “A precarização do sistema de transporte público no Recife é enorme. Com as demissões dos cobradores, os motoristas estão ocupando dupla função, passando troco e sem um mínimo de segurança”, afirmou.
Em nota enviada no início da tarde, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) negou que tenham ocorrido demissões e informou que os profissionais "estão sendo capacitados e aproveitados em outras funções nas empresas." A Urbana esclareceu que a "mudança no procedimento de embarque, com possibilidade de pagamento da passagem ao motorista, tem ocorrido com consentimento do órgão gestor e do próprio Sindicato dos Rodoviários e com a garantia de manutenção dos postos de trabalho, conforme convenção coletiva da categoria".
O motorista André Silva, 42, que trabalha há mais de 15 anos de empresa Caxangá, contou que a empresa já começou a demitir os cobradores e teme que isso aconteça com a linha em que ele trabalha. “Essa mudança causa um transtorno muito grande para os motoristas e para os cobradores também. A gente vai receber R$ 150 a mais no salário, mas a condição psicológica vai ser totalmente atingida, podendo causar até mesmo um acidente diante das múltiplas funções”, disse.
Segundo o presidente eleito do sindicato dos rodoviários Aldo Lima, da gestão que deve tomar posse do fim de dezembro, cerca de 30% dos veículos que circulam pelo Recife e Região Metropolitana já rodam sem a presença de cobradores. “A precarização do sistema de transporte público no Recife é enorme. Com as demissões dos cobradores, os motoristas estão ocupando dupla função, passando troco e sem um mínimo de segurança”, afirmou.
Em nota enviada no início da tarde, o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE) negou que tenham ocorrido demissões e informou que os profissionais "estão sendo capacitados e aproveitados em outras funções nas empresas." A Urbana esclareceu que a "mudança no procedimento de embarque, com possibilidade de pagamento da passagem ao motorista, tem ocorrido com consentimento do órgão gestor e do próprio Sindicato dos Rodoviários e com a garantia de manutenção dos postos de trabalho, conforme convenção coletiva da categoria".
O motorista André Silva, 42, que trabalha há mais de 15 anos de empresa Caxangá, contou que a empresa já começou a demitir os cobradores e teme que isso aconteça com a linha em que ele trabalha. “Essa mudança causa um transtorno muito grande para os motoristas e para os cobradores também. A gente vai receber R$ 150 a mais no salário, mas a condição psicológica vai ser totalmente atingida, podendo causar até mesmo um acidente diante das múltiplas funções”, disse.
Ainda de acordo com o presidente do sindicato, Aldo Lima, o protesto visou a chamar a atenção também para a precarização do trabalho rodoviário. “Já entramos com uma denúncia no ministério público, mas nada foi resolvido até o momento. As pessoas estão sendo demitidas massivamente. Queremos chamar a atenção do Estado pra essa situação”.
Uma cobradora da empresa Metropolitana, que preferiu não se identificar, contou que os funcionários da empresa ainda não foram atingidos, mas que o medo de perder o emprego rodeia todos os profissionais.“O desemprego está muito grande. Não é porque não fui atingida de não devo me manifestar. As empresas estão lucrando, e os funcionários não possuem nenhuma segurança. É um absurdo”.
Um motorista da empresa Metropolitana, que também preferiu não se identificar, contou que há um ano está acumulando a função de cobrador na linha que trabalha e conta as consequências dessa atribuição.
“Tá muito complicado. A gente tem que prestar atenção no trânsito, nos passageiros que estamos levando, e passando troco ao mesmo tempo. Se não realizarmos a dupla função, ou seremos colocados na rua, ou ficaremos na reserva. É muita pressão”, afirmou.
“Além disso, estamos trabalhando um período maior que a nossa carga horária. A minha é de sete horas, mas passo do horário quase todos os dias, porque depois de rodar, ainda tenho que prestar conta do dinheiro das passagens”, finalizou.
As codeputadas do Juntas (Psol) Jô Cavalcanti e Carol Vergolino acompanharam o início do protesto. Elas contaram que um projeto de lei contra as demissões dos cobradores está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “Nós, da Juntas, somos contra a precarização do trabalho. A gente sabe que existe uma lei do Plano de Mobilidade da Cidade do Recife onde diz que é preciso ter eficiência e segurança. Como é que o motorista sozinho, assumindo a função do cobrador, pode garantir eficiência e segurança para a população/”, questionou a codeputada Carol Vergolino.
“Nós estamos pedindo que o projeto de lei tramite pela casa, que passe pela Comissão de Constituição e Justiça da Alepe, para que possamos votar o quanto antes esse projeto que mostra o quanto é inconstitucional essas demissões”, explicou Carol. “O País está vivendo uma crise de emprego e ainda querem demitir os cobradores e acumular funções aos motoristas. Quantos acidentes graves podem acontecer com essas demissões”, questionou a codeputada Jô Cavalcanti.
Agentes da da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) estão na área. Os motoristas que estavam vindo da rua do Sol foram orientados a seguir em frente, em direção a Ponte de Ferro. Os ônibus ocuparam uma das faixas da av. Conde da Boa Vista. Alguns motoristas fizeram o retorno na própria via, em frente ao Atacado dos Presentes. Os passageiros estavam seguindo a pé.
Um motorista da empresa Metropolitana, que também preferiu não se identificar, contou que há um ano está acumulando a função de cobrador na linha que trabalha e conta as consequências dessa atribuição.
“Tá muito complicado. A gente tem que prestar atenção no trânsito, nos passageiros que estamos levando, e passando troco ao mesmo tempo. Se não realizarmos a dupla função, ou seremos colocados na rua, ou ficaremos na reserva. É muita pressão”, afirmou.
“Além disso, estamos trabalhando um período maior que a nossa carga horária. A minha é de sete horas, mas passo do horário quase todos os dias, porque depois de rodar, ainda tenho que prestar conta do dinheiro das passagens”, finalizou.
As codeputadas do Juntas (Psol) Jô Cavalcanti e Carol Vergolino acompanharam o início do protesto. Elas contaram que um projeto de lei contra as demissões dos cobradores está tramitando na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). “Nós, da Juntas, somos contra a precarização do trabalho. A gente sabe que existe uma lei do Plano de Mobilidade da Cidade do Recife onde diz que é preciso ter eficiência e segurança. Como é que o motorista sozinho, assumindo a função do cobrador, pode garantir eficiência e segurança para a população/”, questionou a codeputada Carol Vergolino.
“Nós estamos pedindo que o projeto de lei tramite pela casa, que passe pela Comissão de Constituição e Justiça da Alepe, para que possamos votar o quanto antes esse projeto que mostra o quanto é inconstitucional essas demissões”, explicou Carol. “O País está vivendo uma crise de emprego e ainda querem demitir os cobradores e acumular funções aos motoristas. Quantos acidentes graves podem acontecer com essas demissões”, questionou a codeputada Jô Cavalcanti.
Agentes da da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) estão na área. Os motoristas que estavam vindo da rua do Sol foram orientados a seguir em frente, em direção a Ponte de Ferro. Os ônibus ocuparam uma das faixas da av. Conde da Boa Vista. Alguns motoristas fizeram o retorno na própria via, em frente ao Atacado dos Presentes. Os passageiros estavam seguindo a pé.
FolhaPE
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