Fundaj iniciou pesquisa em praias de 40 municípios do Nordeste
Criança tenta se livrar do óleo preso ao corpo após ajudar na limpeza na praia de Itapuama, Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do RecifeFoto: Leo Malafaia/Folha de Pernambuco
Estudo avaliará impactos socioeconômicos do desastre ambiental e sugerir políticas de mitigação de danos
A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) anunciou, nesta quarta-feira, o início de pesquisas emergenciais nas praias de 40 municípios do Nordeste. Segundo a Fundaj, o estudo avaliará impactos socioeconômicos do desastre ambiental, além de sugerir políticas de mitigação de danos. A ideia é entregar relatórios periódicos ao governo federal.
As pesquisas serão socioeconômicas e de sensoriamento remoto – esta já em curso. Ambas foram formalmente comunicadas às autoridades competentes, que a Fundaj operará uma linha de colaboração nesse aspecto.
O Sensoriamento Remoto, estudos emergenciais a serem coordenados pelo pesquisador da Casa, Neison Freire, coordenador do Centro de Estudos Georreferenciados (CIEG), será realizado no sentido de mapear, por meio de imagens de satélites, as áreas diretamente atingidas, numa faixa contínua de 500 m ao longo da linha de costa. Esse mapeamento por satélites de última geração permitirá localizar e quantificar os usos do solo de maneira atualizada.
O estudo abordará cerca de 200 praias localizadas em 80 municípios nos nove estados nordestinos, compreendendo aproximadamente 2.100 km de litoral. Serão identificadas as áreas naturais e antrópicas nesse estudo, bem como a faixa de areia de praia atingida, os arrecifes, a vegetação nativa, as áreas rurais, antropizadas e urbanizadas.
Posteriormente, as imagens serão correlacionadas com dados socioeconômicos da pesquisa de campo para verificar os impactos às populações diretamente atingidas e os respectivos ambientes naturais, permitindo uma melhor avaliação dos danos causados até o momento.
A pesquisa de impacto socioecônomico será amostral, englobando as cadeias produtivas da pesca e do turismo, coordenada pelo pesquisador da Casa, Luis Henrique Romani, coordenador do Núcleo de Estudos e Estatísticas Sociais (NEES).
FolhaPE
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