Palocci conta como PT loteou governo para gerar recursos ilícitos
Em relato inédito de sua delação premiada, ex-ministro diz que 'praticamente todos' órgãos da gestão Lula foram divididos com objetivo de arrecadação
Em um vídeo inédito de sua delação premiada assinada com a Polícia Federal e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin , o ex-ministro Antonio Palocci apresenta detalhes de como o governo do ex-presidente Lula loteou os órgãos da administração pública com o objetivo de arrecadar recursos para os partidos da base do governo – e às vezes até mesmo para a oposição. Segundo ele, somente alguns órgãos considerados “sensíveis” ficaram de fora do esquema ilícito, como o Banco Central.
O relato faz parte de um dos anexos da sua delação, que aborda uma “organização criminosa” relacionada ao PT. O partido nega as acusações e afirma, em nota, que a farsa foi denunciada nos autos e comprovada pelas mensagens vazadas dos procuradores no Telegram.
Ex-ministro da Fazenda no governo Lula e homem da estrita confiança do ex-presidente, fundador do PT em Ribeirão Preto em 1980, Palocci começa o seu depoimento relatando que o partido cometia ilícitos pontuais, mas que os desvios se tornaram “sistemáticos” após a chegada de Lula ao Palácio do Planalto, com o objetivo de consolidar a hegemonia política do PT.
Os ilícitos da organização do PT vêm de antes da eleição, mas eles se tornam sistemáticos, mais determinados e organizados a partir da posse do ex-presidente Lula. Na verdade, partem da visão de que, uma vez o PT tendo conquistado o governo federal, deveria montar máquinas políticas e financeiras capazes de enfrentar as outras forças políticas e estabelecer uma hegemonia do PT e de seus aliados na política brasileira — afirmou Palocci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário