Sob gritos de ‘ladrão’, deputados do Rio presos na Lava Jato deixam a prisão
Alvos da Furna da Onça foram beneficiados por decisão da Alerj que relaxou suas prisões
Quatro deputados estaduais presos pela Operação Lava Jato do Rio deixaram o presídio de Bangu 8, na zona oeste carioca, na tarde desta quinta-feira (24). Eles foram beneficiados por decisão da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) na última terça-feira (22).
Estavam em Bangu 8 André Correa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius Neskau (PTB). O quinto beneficiado pela decisão da Alerj é Chiquinho da Mangueira (PSC), que estava em prisão domiciliar.
Os cinco foram presos em novembro de 2018, na Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato do Rio. Eles são acusados de integrar esquema de corrupção articulado pelos ex-governadores Sérgio Cabral (MDB) e Luiz Fernando Pezão (MDB) -ambos também estão presos. Manifestantes concentrados na frente do complexo penitenciário protestaram contra a libertação dos políticos, que foram chamados de “ladrões”.
Ao deixar a prisão, André Correa se disse inocente. O deputado, que se apresentava como candidato à Presidência da Alerj antes da prisão, disse ter tido a imagem “estraçalhada”.
“Preso sem ser condenado, sem ter direito a julgamento, sem sequer ser ouvido pelo juiz. Muito sofrido. Família sofre, mas acredito na Justiça. Tenho pra mim reputação estraçalhada. Tenho pra mim aquilo que eu acredito, a palavra que eu acredito, é que a justiça será feita. Sou inocente. E aqueles que foram humilhados serão exaltados”, disse ao jornal O Globo.
Nesta terça, o plenário da Alerj decidiu soltar os deputados. A medida teve o apoio de 39 deputados, enquanto 15 foram contrários.
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