Eduardo nos EUA:últimas horas com sangria e paella
Foto: Paola de Orte
Sangria e paella nas últimas horas de Eduardo Bolsonaro em Washington.Comitiva brasileira saiu sem falar com a imprensa.
Um restaurante fino de frutos do mar, à beira do rio Potomac. No cardápio: tapas, paella e sangria. Foi nesse cenário que a comitiva brasileira que viajou a Washington para se encontrar com o presidente Donald Trump na sexta-feira passou as últimas horas em Washington, neste sábado.
O local escolhido foi o Del Mar, um dos mais disputados do The Wharf, região recentemente revitalizada da capital americana que conta com diversos restaurantes cujas reservas estão sempre esgotadas no jantar e uma casa de show onde se apresentam os artistas mais concorridos do indie rock – no último dia 25, por exemplo, foi a vez da banda Tame Impala.
Apesar de terem passado mais de duas horas e meia em um almoço em que pediram três paellas grandes e uma pequena de marisco, tapas e sangria, em uma conta que totalizou cerca de US$ 1 mil (cerca de R$ 4.145) para uma mesa de sete pessoas, nenhuma das autoridades presentes quis falar com a imprensa ao final da refeição.
Quatro repórteres esperavam do lado de fora para falar com os representantes do governo brasileiro, porém a comitiva escolheu sair pela porta da cozinha. De acordo com um funcionário do restaurante, que revelou a quantia gasta pela comitiva e os pratos escolhidos no cardápio, os representantes pediram para sair pela porta da cozinha por se tratar do filho do presidente do Brasil.
O mesmo funcionário disse que a prática não é incomum quando grandes autoridades frequentam o local, e a ideia é evitar a multidão que se junta na porta. Uma das autoridades que já escolheram a mesma saída foi o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Durante o dia, no entanto, Eduardo Bolsonaro havia parado para tirar uma foto com um fã que o esperava do lado de fora da residência oficial da Embaixada do Brasil em Washington, onde a delegação ficou hospedada.
Além do deputado federal, que almeja ocupar a residência do embaixador em Washington de maneira mais definitiva do que as 33 horas passadas neste fim de semana, também estavam na comitiva o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o Assessor Especial da Presidência, Arthur Weintraub, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, e o secretário-executivo da Casa Civil, Vicente Santini.
O bate e volta a Washington feito com avião da Força Aérea Brasileira contou também, além do almoço e da reunião com Trump, com um encontro com o ideólogo de direita Olavo de Carvalho e uma saída na sexta-feira para aproveitar a cidade depois da reunião na Casa Branca, que durou cerca de meia hora e depois da qual resultados concretos não foram anunciados, apesar de os representantes do governo terem passado duas horas no local.
Paola de Orte, especial para O GLOBO
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