Por dívidas trabalhistas, sede do Departamento de Remo do Náutico, na Aurora, pode ir a leilão
Última expedição ordenando leilão é de 20 de agosto (Foto: Reprodução)
Alvirrubro tem dívidas de mais de R$ 3 milhões com ex-volante Martinez
No próximo dia 19, a sede do Departamento de Remo do Náutico, localizada na Rua da Aurora, deve ser posta para leilão por decorrência de dívidas trabalhistas acumuladas pelo clube com o ex-volante Martinez. O jogador defendeu o Náutico entre 2012 e 2013 e entrou na justiça pelo não recebimento de valores e rompimento indevido do contrato.
Martinez defendeu o Náutico em duas temporadas na Primeira Divisão, somando 56 jogos e dois gols com a camisa alvirrubra. O atleta deixou o Náutico ao final da temporada 2013, mas alegou só ter sido informado da rescisão de contrato por meio da imprensa. À época, a gestão do Náutico estava sendo passada de Paulo Wanderley para Gláuber Vasconcelos.
O jogador cobrou valores relacionados a salários, direitos de imagem e luvas e, ao longo do processo, iniciado em 2014, os valores subiram bastante, seja por novos reconhecimentos de dívidas, por juros moratórios ou por correção monetária. Hoje, a dívida alvirrubra com Martinez está sendo levantada na 5ª Vara do Trabalho de Recife em R$ 3.127.259,62.
Com o acúmulo da dívida e a dificuldade financeira alvirrubra, o Tribunal Regional do Trabalho, pôs a sede do Departamento de Remo do clube para leilão. O prédio, avaliado em 3.288.000,00 terá valor inicial para arremate referente a R$ 1.972.800,00, 60% do avaliado. A última expedição de cumprimento do despacho (penhora da sede) foi dada no último dia 20 e o prédio já está citado entre os itens serem leiloados no site da empresa responsável por essa execução.
Esses valores, porém, ainda são questionados pelo Náutico. Alexandre Carvalho, do Departamento Jurídico do clube afirmou que o clube não reconhece o valor de execução (tamanho da dívida) e segue buscando tardar a execução até se conseguir um acordo com o jogador. À reportagem, o presidente alvirrubro, Edno Melo, afirmou desconhecer o processo. Essa não é a primeira vez que o prédio da Rua da Aurora é posto para leilão, mas o clube sempre conseguiu reverter as vendas.
DP
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