PSB expulsa apenas um deputado; Carreras e demais são suspensos
Julgamento do diretório nacional dos dissidentes do PSB na votação da reforma da PrevidênciaFoto: Reprodução / Facebook
Por ser reincidente - já havia contrariado fechamento de questão do partido na reforma Trabalhista no governo de Michel Temer (MDB) - o julgamento de Átila Lira foi feito primeiro, em separado dos demais. Ao todo, 82 votos acompanharam o relatório, três votos se abstiveram, quatro votos optaram pela não expulsão e houve um pedido de suspeição do parlamentar José Antônio de Almeida, do Maranhão.
Aos demais dissidentes, o relatório do Conselho de Ética pediu a suspensão de 12 meses de funções que exerçam no parlamento em decorrência de espaços partidários e de funções em diretórios estaduais da legenda. Os deputados ficam livres para sua atuação parlamentar, devendo respeitar, no entanto, outros fechamentos de questão. Após seis meses, eles serão reavaliados individualmente e poderão ter suas penas extintas. Aqueles que não atenderem à avaliação terão que cumprir os 12 meses de suspensão impostos pelo partido. A sanção foi acatada por 84 votos a favor, sete contra e uma abstenção.
"Ninguém é obrigado a entrar no partido. Quando entra assina uma lista que diz que ele está obrigado a seguir às regras. Seria uma balbúrdia e uma anarquia partidária se não existisse regras. Isso aqui não é a casa de mãe Joana. A casa de mão Joana é em outro endereço, não é aqui", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
O líder da bancada na Câmara Federal, Tadeu Alencar, antes de proferir seu voto pela expulsão de Átila, pediu a palavra. "Defendi que a decisão tivesse respeito às decisões partidárias, porque o partido que não defende pela decisões tende para a flacidez. E o outro objetivo que eu acredito que deve ser defendido é o de não haver decisões extremadas", afirmou, acompanhando, contudo, o relatório pela expulsão. No momento do anúncio pela expulsão dos parlamentares, ouviu-se ao fundo gritos de "Carlos Siqueira é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo".
Sanção
Ficam os nove deputados julgados impedidos de assumir novos cargos e sem direito a voto nas reunião partidárias, bem como de serem votados em qualquer função, inclusive liderança. Além disso, perdem cargos e funções que exerçam na Câmara dos Deputados. Após seis e meses, uma comissão formada pelo presidente do partido, pelo líder da bancada da Câmara Federal e por membros titulares do Conselho de Ètica e Fidelidade Partidária decidirá se o o parlamentar ajustou a conduta e pode ter sua pena encerrada.
Resultado do julgamento:
Expulso:
Átila Lira (PI)
Suspensos por 12 meses:
Emidinho Madeira (MG),
Felipe Carreras
Felipe Rigoni (ES)
Ted Conti (ES)
Jefferson Campos (SP)
Liziane Bayer (RS)
Rodrigo Agostinho (SP)
Rosana Valle (SP), Rodrigo Coelhi (SC) e
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