Americanos apostam em Eduardo Bolsonaro
É prática corrente, nos corredores de Washington (DC), dizer que os diplomatas tendem deliberadamente ao ócio. Segundo essa visão, os barnabés dos governos estrangeiros passam o tempo todo em festas, jantares e coquetéis, perdendo o contato com a realidade dos seus países de origens. O mundo diplomático na capital norte-americana é uma festa vinte e quatro horas por dia.
Tal análise leva em conta o fato que o cargo de embaixador é normalmente reservado para amigos e doadores de campanhas. No caso brasileiro, a burocracia em Brasília impede qualquer zeloso e dedicado diplomata tentar executar algum trabalho em Washington (DC). Nos últimos dias, dois assuntos tomaram conta do circuito DF-DC: a iminente prisão do jornalista americano Glenn Greenwald e a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador nos Estados Unidos.
Ao contrário da imprensa brasileira e de adversários políticos, diplomatas americanos elogiam a indicação do filho do presidente para o posto na capital norte-americana. “Ele não tem nenhuma experiência na área de relações internacionais, mas tem muita energia e motivação. Pessoas entusiasmadas são mais positivas, uma característica fundamental para que diplomatas consigam sair da zona de conforto” – ressalta um funcionário do Departamento de Estado.
“O presidente Bolsonaro está mexendo em um vespeiro, mas é importante trilhar outro caminho na diplomacia. Acredito que vamos construir uma nova etapa na relação entre os dois países” , frisa um ex-funcionário da inteligência do Tio Sam que serviu no Brasil nos “anos de chumbo”. A cadeira do embaixador brasileiro em Washington (DC) está vazia há três meses, quando o chanceler Ernesto Araújo retirou o diplomata de carreira Sérgio Amaral do comando
Freddy Freitas - Blog Os Divergentes
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