O perde e ganha de Bolsonaro com Maia e o Centrão
Não são as maluquices na educação, meio ambiente e política externa. Nem a ótica autoritária. O que mais trava o namoro entre o Planalto e o Congresso, além de cargos e verbas, é a cobrança de freio a Lava Jato
A bola está na Câmara dos Deputados. Nesse momento do jogo, partida decisiva sobre a reforma da Previdência, Rodrigo Maia e seus parceiros do Centrão estão com tudo — além da bola, a prosa. Seus líderes deitam, rolam e projetam uma agenda própria para destravar a economia e tirar o país do atoleiro. Todos repetindo como mantra o diagnóstico de Rodrigo Maia. “O governo não ajuda muito porque o presidente Bolsonaro tem boa intenção, mas não tem projeto nem foco”, disse Aguinaldo Ribeiro, líder da maioria, em entrevista publicada neste sábado no Estadão.
Outros jornais publicam neste fim de semana o passo a passo dessa agenda do Centrão, batizada na capa da Veja como o Calendário Maia. Seria uma versão mais ampla da que foi saudada, em outras ocasiões difíceis, como o descolamento da economia da política. Dá gás a essa interpretação a alta rotatividade no Palácio do Planalto, onde a chamada articulação política virou um jogo de peteca entre políticos e generais. Agora nas mãos de um general da ativa.
Andrei Meireles - Os Divergentes
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