'Universidade na Rua' em um ato de conscientização sobre a importância da educação
Projeto "Letras: a Universidade na Rua"Foto: Arthur de Souza/ Folha de Pernambuco
Iniciativa dos alunos e professores de Letras da UFPE foi pensada após bloqueios de verbas para educação anunciado pelo Governo Federal
Mais de 40 pessoas, incluindo professores e alunos, estiveram presentes na ação realizada ontem. Copresidente do Diretório Acadêmico de Letras da UFPE, a estudante Joyce Barbosa foi uma das que idealizou o projeto. “Quando saiu a notícia dos cortes nas universidades os alunos queriam montar um projeto para mostrar à população o que se produz de ciência na universidade. Junto com os professores, estamos apresentando as produções de literatura e todo o conhecimento”, comentou Joyce.
Algumas das atividades levadas para a rua foram: oficinas de leitura, varal de poesia e produção de camisetas. No chão da rua Rio Branco, cartazes exibiam conteúdo sobre as línguas do mundo. “É uma forma de mostrar que estamos capacitando pessoas para a manutenção da diversidade e preservação das línguas”, disse a professora de Linguística do departamento de Letras, Maria Luísa Freitas.
Segundo a estudante Joyce, o projeto pretende defender a sociedade. “Estamos defendendo quem no futuro vai precisar do conhecimento. Estamos defendendo a universidade pública, gratuita e de qualidade”, destacou Joyce. No final de abril, o MEC anunciou os contingenciamentos na área que chegavam a R$ 7,4 bilhões. No entanto, uma semana depois da primeira mobilização contra os cortes, que aconteceu no dia 15 de maio, o Governo Federal repôs parte dos recursos bloqueados: R$ 1,6 bilhão, ou 21% do valor que havia sido contingenciado. Nas universidades federais, o corte chega a R$ 2 bilhões, o que representa 30% da verba discricionária (que não inclui gastos obrigatórios como salários, por exemplo).
Devido a esse cenário, o projeto ganhou força no grupo da UFPE. Professora de Língua Portuguesa do departamento de Letras e componente do Núcleo de Estudos e Práticas de Linguagem e Espaço Virtual (Neplev), Evandra Grigoletto defende uma trabalho intenso junto à sociedade. “É apresentar nossa contribuição. Mostrar o que somos e o que fazemos no curso de Letras, ou seja, nossas pesquisas, nossos levantamentos”, disse a professora.
E a equipe não pretende parar agora. “Letras: a Universidade na Rua” deve ser ampliado. “Esse foi o primeiro experimento. Queremos levar para outros locais públicos, como as praças e também transformar em um projeto de extensão”, complementou Evandra.
FolhaPE
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