Bando visava às armas de Mário Gouveia para pagar advogado do líder da milícia
Euricélia Nogueira, delegada da 9ª Seccional de São Lourenço da MataFoto: Divulgação/Polícia Civil de Pernambuco
Ao todo, 12 mandados de prisão, e sete mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos, em Camaragibe, no Grande Recife
Ao todo 12 mandados de prisão, e sete mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos, em Camaragibe, no Grande Recife. Nem todos os integrantes da milícia participaram do assassinato de Mário Gouveia. De acordo com a PCPE, as armas roubadas do empresário, seriam utilizadas para pagar o advogado do líder da milícia.
No âmbito da operação “Punisher”, dos 12 presos, quatro suspeitos já haviam sido encaminhados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), um dia após a morte do empresário, incluindo Luciano Josuel de Santana, líder do grupo criminoso. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Euricélia Nogueira, Luciano foi o mandatário dos disparos contra Mário Gouveia, que foram efetuados por Paulo da Cunha Conceição, o Passarinho.
Ao todo, sete integrantes do grupo criminoso estão envolvidos no latrocínio, sendo que quatro foram presos na quarta-feira (24) do mês passado, um dia após a morte do empresário. Além do chefe da milícia, foram presos Leonardo Nascimento Silva, o Matuto, Cícero Romão Henrique da Silva Pino, - o Cicinho - e Rodrigo Gomes da Silva. Paulo Conceição - o Passarinho -, Leonardo Ferreira Cavalcanti - o Lêu -, e Luiz Jerônimo Batista da Silva, conhecido como “Menor”, foram presos na sexta-feira (17).
Todos esses participaram direta e indiretamente da ação na casa do empresário. Enquanto que os outros integrantes da organização, também presos na ocasião, gerenciavam outros setores da milícia, como roubo, e tráfico de drogas.
José Nilson de Assis, era responsável pelo tráfico, José Pereira da Silva Júnior, atuava como o armeiro do grupo. Wanderson da Silva Amorim, o Nando, Emerson Vieira de Melo, e Silvana Meirelles de Lira, conhecida como “irmã Vânia” também participavam da organização. Irmã Vânia era a responsável pelo transporte da droga.
“Luciano era um cara muito temido. Ele não planejou a morte do empresário (Mário Gouveia), ele planejou o assalto. Ali ele queria valores e armas. Com a reação da vítima, eles o mataram. O objetivo era levantar recursos, porque Luciano foi apontado com autor de um homicídio, e ele queria levantar valores para pagar o advogado que o estava defendendo”, apontou.
A delegada também ressaltou que o grupo criminoso exigia que comerciantes pagassem certa quantia para a quadrilha. Em troca, os integrantes promoviam a “segurança” de Chã de Cruz.
As investigações tiveram início em setembro de 2018, e segundo a PCPE, foram motivadas por um duplo homicídio cometido por Luciano, nas proximidades do Aldeia Walter Parque, no quilômetro 13 da Estrada de Aldeia. No vídeo, exibido pela polícia na coletiva, o autor do crime dispara vários tiros contra a vítima, e depois foge tranquilamente com a ajuda de um comparsa.
FolhaPE
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