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quinta-feira, 25 de abril de 2019

SEGURANÇAS ENVOLVIDOS

Seguranças do Parque são suspeitos pela morte do empresário Mário Gouveia

Delegacia de Polícia de CamaragibeFoto: Léo Malafaia/FolhaPE


De acordo com informações da Polícia Civil, três suspeitos foram presos em Paudalho, enquanto o quarto estaria numa chácara em Passarinho, no Paulista

Pelo menos dois dos quatro suspeitos presos nessa quarta-feira, acusados de participação no crime que vitimou Mário Gouveia, prestavam serviço de segurança para o empresário. "Eles negam a acusação, negam que estavam de posse das armas e drogas apreendidas. Inclusive, eles prestavam serviço de segurança para Mário. Na localidade, eles eram conhecidos por prestarem serviço de segurança", informou o advogado de defesa Cícero Romão Henrique da Silva e Luciano Josuel de Santana, os dois suspeitos. 

Além deles, foram presos Leonardo Nascimento Silva e Rodrigo Gomes da Silva. Com eles, foi encontrada uma pistola .45, que pertencia à coleção de Mário. Também foram encontradas uma espingarda 12, uma metralhadora calibre 9mm, uma pistola 380 e um revólver 38, assim como um Golf prata, de placa PGL 8097, e 1,5 kg de maconha. Três dos suspeitos foram presos em suas casas, em Chã de Cruz, no município de Paudalho, e o quarto foi encontrado em uma chácara, em Passarinho. "Precisamos analisar melhor as provas que a polícia atribui aos meus clientes, o que foi coletado e o que a delegada está coletando para trabalhar em cima disso", ponderou o advogado de Cícero e Luciano.

Além de envolvimento no crime de latrocínio contra Mário Gouveia, que aconteceu na madrugada da última terça-feira, no KM 17 da Estrada de Aldeia, eles estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. As prisões foram realizadas em operações conjuntas das delegacias de Camaragibe e São Lourenço da Mata, sob a coordenação dos delegados Euricélia Nogueira, Abraão Didier e Diogo Santiago. De acordo com Euricélia, outras prisões podem acontecer, por isso que mais detalhes não foram repassados à imprensa.


Vanja Coelho, perita do Instituto de Criminalística (IC), informou que o material genético colhido na caminhonete apreendida na terça foi enviado ao Instituto Forense para ser analisado. "Também colhemos material do dono da caminhonete, para fazer comparação, que é uma prova que pode excluí-lo do caso. E no que os suspeitos forem aparecendo, vamos comparando”, conta. O sangue também será comparado com o de Wallace Everton do Nascimento, de 22 anos. "Mandamos comparar com o do suspeito que morreu, mas isso leva dias. Vamos aguardar." Ele morreu na noite de terça no Hospital Otávio de Freitas (HOF), no Sancho, Zona Oeste do Recife, após dar entrada na unidade utilizando o nome do irmão, e com ferimentos provocados por bala na perna e no abdômen. “Também estamos comparando o capim que cresce na área do crime com o que foi encontrado no veículo."


No local do crime, além da mansão do empresário e casas de funcionários, funcionava o parque aquático Águas Finas. A Polícia acredita que entre 15 e 20 homens participaram da ação, que iniciou por volta da 1h50 da madrugada da terça. Eles chegaram em duas caminhonetes, na cor branca e vinho, pularam e arrombaram a porteira e renderam os vigias. Depois, renderam o piloto do helicóptero particular do empresário e a noiva dele, que foram feitos de reféns durante a investida à mansão onde, além de Mário Gouveia, estavam presentes a esposa e dois funcionários.

Informações passadas à Polícia por testemunhas sustentam que o empresário reagiu à ação no ímpeto de tentar proteger a família. Um vigilante do local também reagiu e ficou ferido. O piloto teria encontrado Mário e o levou, de helicóptero, para o Hospital Português, no Centro do Recife. Porém o empresário não resistiu aos ferimentos e já deu entrada na unidade sem vida. Além das armas, também foi levado da mansão um baú.



FolhaPE

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