Para equipe econômica, guerra entre Maia e Bolsonaro é apocalipse
Técnicos teriam ficado estarrecidos com a briga. Liderança do PSL diz que 'está faltando suco de maracujá' aos dois
A elevação do tom na discussão entre o presidente da Câmara dos Deputados e o presidente Jair Bolsonaro foi descrita dentro da equipe econômica como "apocalipse". De acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, os técnicos ficaram estarrecidos com a briga e temem que ela contamine a reforma da Previdência. Internamente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta reconstruir a relação entre os dois para não prejudicar ainda mais o projeto, considerado fundamental para a economia do país. No entanto, seu poder de conciliação pode ser limitado.
Guedes tem um bom relacionamento com Maia. E é considerado uma peça central do governo para se obter o apoio tanto do mercado financeiro quanto do setor produtivo. Enquanto isso, dois secretários do ministro se manifestaram neste sábado por meio do Twitter. Nenhum deles defendeu Maia na questão e até colocaram combustível na briga.
O secretário da Previdência, Rogério Marinho, afirmou que a reforma não pode ser apenas um projeto do governo federal. E disse que a classe política deve cuidar do assunto.
“A nova previdência não é pauta apenas do Governo é pauta do País e como tal precisa ser encarada. O parlamento brasileiro mais uma vez fará sua parte para retomarmos o crescimento e devolvermos o Brasil para os seus legítimos donos o povo”, escreveu o secretário em seu perfil.
Gabriela Valente e Natália Portinari - O Globo
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