Presidente do Náutico, Edno Melo desabafa após agressão
Edno Melo (E) e Diógenes Braga (D)Foto: Henrique Genecy/Folha de Pernambuco
Edno Melo costumava circular sem seguranças pelos Aflitos, mas agora vai andar com proteção para evitar casos como o do último sábado (23)
"Não existia relação nenhuma (com torcidas organizadas). Eu não dava atenção, não falava com eles. Eu cumpria exatamente o que o Ministério Público exige, de o clube não ter aproximação com essas torcidas", garantiu o presidente. "Eu sempre tive muito medo de envolver meu nome com organizadas. Certa vez me deram uma camisa, eu agradeci, mas devolvi. Não existia trato com eles, convite, nada. Eles deviam ganhar ingresso em outras situações, em outras gestões", destacou Edno Melo, que costumava andar pela sede social do clube sem seguranças.
"Agora eu tenho que passar a andar com proteção, né. A agressão não foi a Edno, foi ao presidente do clube, da instituição, não a uma pessoa física. E foi em uma situação tranquila daquelas", lamentou o alvirrubro. "Eu não gosto de estar no momento da vitória e depois não estar na derrota. Eu evito ficar circulando por ali (sede social do clube), justamente para não dar essa má interpretação. E já era tarde, perto das 21h30. Saí mais tarde por causa de uma reunião e aí se vê que não foi um encontro casual. A hora que eu saí foi quando eles vieram, pelas câmeras dá para ver bem."
O presidente ainda revelou que as ameaças por redes sociais eram algo comum. "Chegavam até mensagens para o celular de Diógenes (Braga, vice-presidente do clube). E eu dizia: 'imagine se o Náutico tivesse perdendo e estivesse eliminado do Campeonato Pernambucano, da Copa do Nordeste...'.O Náutico está há 15 jogos sem perder, com um time caseiro, a gente pagando contas, restabelecendo o clube, voltando pros Aflitos...Eu não sei o que tem que ser feito, não", desabafou.
FolhaPE
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