NÁUTICO - AGRESSÃO AO PRESIDENTE

Após ameaças de organizada, presidente do Náutico irá procurar o Ministério Público

Edno Melo foi agredido por membros de uma organizada (Foto: Julio Jacobina/DP)

O mandatário alvirrubro quer encontrar soluções para banir de vez as torcidas organizadas do estádio dos Aflitos

A violência nos estádios pernambucanos é recorrente. No último sábado, o presidente do Náutico, Edno Melo, foi ameaçado e agredido por membros de uma organizada alvirrubra,  na sede do Náutico,após a vitória contra o Altos, pela Copa do Nordeste. Decidido a não deixar o episódio passar em branco, o mandatário prestou queixa nesta terça-feira contra os torcedores. No entanto, Edno não acredita que a atitude seja suficiente e afirma que irá procurar o Ministério Público para encontrar soluções para um problema que parece não ter fim. 

"Vamos procurar o Ministério Público para tentar barrar de vez as organizadas nos Aflitos. Mas, é muito difícil. Como você vai lutar contra isso sozinho. É preciso ter o apoio do Ministério Público, da Secretaria de Defesa Social. Eu acredito que eles vão nos dar esse apoio. O que está acontecendo é que as pessoas de bem estão deixando de ir para os estádios por causa desses marginais”, explicou. 

Atualmente, as uniformizadas são proibidas de assistir os jogos do Timbu no seu estádio. No entanto, não existe um monitoramento específico que identifique os integrantes, que seguem frequentando o local normalmente, mas sem uniforme que os identifique como membros da organizada. 

Outro ponto que incomoda o presidente do clube é a falta de punição eficaz para esse tipo de crime. Após a queixa registrada por Edno, foi aberto um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) contra os integrantes, que já foram identificados com as imagens das câmeras de segurança do clube alvirrubro.

No entanto, de acordo com a Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva, que assumiu o caso, os agressores devem cumprir penas alternativas. Como a pena para este tipo de crime é inferior a dois anos de prisão, a punição é revertida em multa. “O que falta é isso, falta punição. Punição é tudo na vida. Se você não punir adequadamente, esse tipo de coisa vai seguir acontecendo”, concluiu o mandatário alvirrubro.  

Diario de Pernambuco