SPORT - EXPLICAÇÕES

Sport, sobre DS87: 'Se não posso comprar uma Ferrari não vou nem discutir como vou pagar'

Nelo Campos teve que explicar os motivos da não vinda de Diego Souza (Foto: Anderson Stevens/Sport)

Diretor de futebol Nelo Campos disse que Leão não pôde cobrir valor pedido pelo São Paulo e deu, por enquanto, como encerrada a negociação

Após o fim das negociação com o atacante Diego Souza, sem um final feliz para o Sport, o diretor de futebol Nelo Campos, que esteve a frente das conversas com o jogador e com o São Paulo, explicou os motivos que fizeram o clube pernambucano desistir de repatriar o "embaixador de 87". Segundo o dirigente rubro-negro, entre Sport e Diego Souza tudo estava resolvido, porém o São Paulo inviabilizou a transferência ao pedir valores acima do que o Leão poderia arcar.

"Terminamos a conversa com ele dizendo que não era um "tchau" e sim um "até logo" porque a Ilha do Retiro é a segunda casa dele. Conseguimos chegar a um denominador comum com ele, com muito sacrifício do clube. Foi um número até maior do que a gente tinha pensado e Diego também cedeu bastante (o jogador abriu mão de R$ 200 mil). Mesmo assim existia uma terceira parte interessada na negociação, que é o São Paulo. E eles acharam no direito de ter alguns valores dentro da negociação que a gente não conseguiu chegar. Se fossemos colocar esse valor dentro do negócio iria beirar o valor quatro vezes maior do que estaria dentro do possível a gente fazer e nesse momento tivemos que encerrar as negociações", explicou Nelo Campos.

O dirigente rubro-negro, no entanto, não quis dar detalhes sobre a questão envolvendo o dinheiro da venda de Everton Felipe. Segundo apuração do Superesportes, todo o impasse se deu por conta do dinheiro referente a venda do meia ao São Paulo. O clube paulista ainda deve ao Sport R$ 2,2 milhões e queria amortizar R$ 1,2 milhões com parte da transferência de Diego Souza para o Sport, que seria diluído no salário do jogador até o final do ano. Algo que a diretoria pernambucana não aceitou por precisar dessa receita para pagamento de atrasados junto a jogadores e funcionários. 

"Não interessa se é dinheiro de Everton Felipe ou se não é. Dinheiro é dinheiro. Foram os valores que eles cobraram. Não chegamos nem a discutir o que seria pago, se era com o dinheiro de Everton ou não. Não chegamos a esse ponto. É aquela história: eu olho para uma Ferrari e quero ter, mas tenho de andar com outro carro porque não posso pagar. Se não posso comprar não vou nem discutir como vou pagar. Se vou dividir em 100 vezes. Não interessa porque não vou ter como pagar a Ferrari. O valor cobrado era até pouco para Diego Souza, mas muito para o Sport", comparou.

Diario de Pernambuco