Pacote de Moro quer conceituar organizações criminosas e alterar 14 leis
Sérgio MoroFoto: Marcelo Casal J.r/Ag. Brasil
Pacote será apresentado nesta segunda a governadores e secretários de Segurança Pública
O pacote aborda, por exemplo, o combate a organizações criminosas, citando nominalmente PCC, Comando Vermelho e milícias. Esses grupos seriam oficialmente citados em lei como exemplos para que uma organização criminosa deste porte seja entendida em termos de organização, estrutura e força econômica. Uma ideia, por exemplo, é a possibilidade do uso de agentes policiais disfarçados nessas organizações.
O texto preparado pela equipe de Moro foi enviado à Casa Civil na última sexta-feira (1º) para ajustes finais e será apresentado nesta segunda a governadores e secretários de Segurança Pública - o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, será representado pelo secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, segundo a assessoria de Imprensa do governo estadual.
O ministro convocou a imprensa para uma entrevista coletiva após este encontro. Em breve, a proposta será enviada ao Congresso para tramitação.
O pacote de medidas é a grande aposta de Moro, que deixou a função de juiz federal, onde dirigiu a Lava Jato em Curitiba, para assumir o cargo de ministro de Jair Bolsonaro. No campo penal, o texto prevê, em linhas gerais, a execução provisória para condenados em segunda instância e o aumento da efetividade dos tribunais de júri, como a execução imediata da pena em casos de homicídios.
As medidas a serem apresentadas visam também o endurecimento do cumprimento de penas e sua elevação para crimes ligados a armas de fogo. Inclui também legislação para permissão do uso do bem apreendido pelos órgãos de segurança pública.
Em vídeo gravado neste domingo (3) e divulgado pelo Ministério da Justiça, Moro classificou seu projeto como "simples, com medidas bastante objetivas" e destacou que buscam combate à corrupção, ao crime organizado e aos crimes violentos. "Bem fáceis de serem explicadas ponto a ponto, para poder enfrentar esse três problemas", disse o ministro.
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