Lava Jato duvida da parcialidade de juiz que soltou Richa
Força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná, que investiga ex-governador por suspeita de corrupção, criticou 'decisão equivocada' do presidente do STJ, João Otávio de Noronha
A força-tarefa da Operação Lava Jato pôs em xeque a parcialidade do presidente do Superior Tribunal de Justiça, João Otávio de Noronha, que mandou soltar o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) nesta quinta-feira, 31. Por meio de nota, divulgada nesta sexta, 1, os procuradores da República afirmaram que declarações públicas do magistrado sobre a prisão do tucano ‘fora dos autos’. A força-tarefa ainda diz que ‘está avaliando as providências a serem tomadas em relação à precipitada e equivocada decisão’.
A Lava Jato diz que o ‘ministro João Noronha já havia criticado publicamente decisão de prisão emitida contra o governador, no dia 17 de setembro de 2018, fora dos autos, o que levanta sérias dúvidas sobre sua parcialidade para emitir a decisão no referido habeas corpus’.
“A ordem de soltura foi dada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (3ª instância de julgamento) sem que a decisão que decretou a prisão tenha sido avaliada pelo E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região (2ª instância), em evidente supressão de instância”, sustentam os Procuradores.
Luiz Vassallo e Fausto Macedo - Estadão
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