Olinda divulga nomes para votação dos homenageados do Carnaval
Patrícia Cunha, secretária de comunicação, na coletiva do Carnaval de Olinda 2019Foto: Julya Caminha/Folha de Pernambuco
Todos os listados se enquadram na categoria de homenagem póstuma
A Secretaria de Comunicação da Cidade de Olinda divulgou no final da manhã desta quinta-feira (7) os dez nomes dos artistas que seguem para a votação dos dois homenageados do Carnaval 2019. Todos são artistas locais que contribuíram de alguma forma para a cultura carnavalesca da cidade. Entre os cotados a homenageados, estão Mestre Afonso, Lula dos Estandartes e O Lorde De Olinda.
Todos os listados se enquadram na categoria de homenagem póstuma. A data de inicio da votação, os locais onde as urnas serão colocadas e a data de anúncio do homenageado escolhido, de acordo com a secretaria, ainda está sendo acordado com a Rede Globo, parceiro na votação.
Conheça um pouco sobre cada um dos indicados:
Mirula, Elefante de Olinda - “Pai, faz um hino pra Elefante”, disse um dia Cláudio Nigro, mais conhecido como Mirula, para o seu pai Clídio Nigro. Foi a partir desse pedido que uma das composições mais célebres da cidade de Olinda tomou forma como hino do tradicional Clube Carnavalesco Misto Elefante de Olinda.
Lula dos Estandartes - José Luiz Aragão da Silva, conhecido como Lula do Estandarte. Mais de 200 estandartes de diversos blocos e agremiações de Olinda, como Cariri, Vassourinhas, Elefante de Olinda, foram confeccionados pelo artesão. Uma das homenagens que recebeu foi do Homem da Meia-Noite, em janeiro de 2012.
Mestre Afonso - O mestre do mais antigo maracatu do Brasil. Afonso Gomes de Aguiar Filho era a figura principal do Maracatu Leão Coroado, fundado em 1863.
Cabela - Antônio Aurélio Sales, mais conhecido como Cabela, um dos fundadores da troça carnavalesca Ceroula de Olinda, que desfila no carnaval olindense desde 1962.
Clóvis Preto Velho - O presidente da Escola de Samba do Preto Velho administrava o grêmio recreativo desde 2012 e era um dos principais militantes pela manutenção do samba em Olinda.
Baixinha, Eu Acho é Pouco – Maria Alice Soares dos Anjos. Conhecida como Baixinha, foi uma das fundadoras, em 1976, do bloco de carnaval Eu Acho é Pouco. A artista plástica foi morta em março do ano passado, dentro de casa.
Miúcha – Em 1975 um bloco anárquico de Olinda surgiu e encarou um debate ainda incipiente no Brasil se comparado com os dias de hoje. O Segura a Coisa, que existe até hoje, é conhecido como o primeiro bloco canábico do Brasil e esteve conectado com um movimento mundial a favor da legalização da maconha. Criada espontaneamente pelos foliões Aldifas Santos, Pii, Ângelo, Xirumba e mais uma galera dos Quatro Cantos. A cantora morreu em dezembro passado.
Mestre Ferrugem do Coco - Wilson Bispo dos Santos era conhecido por defender o coco raiz, herança do avô, João Francisco da Luz, que apresentou o ritmo ao neto. Ferrugem, como passou a ser chamado, trabalhou como marceneiro e carpinteiro até descobrir afinidade com a música. O primeiro contato do mestre com um estúdio de gravação foi em 2004, quando gravou músicas para o projeto Coco do Amaro Branco. Bastaram três anos para que ele lançasse o primeiro de muitos discos de coco, baião e samba. Entre os trabalhos que contaram com Ferrugem, o documentário Coco, a Roda, o Pneu e o Farol.
Bartolomeu Marim dos Caetés - O presidente e fundador do bloco carnavalesco Marim dos Caetés, Bartholomeu Santiago.
O Lorde de Olinda - Personagem famoso do Carnaval de Olinda, o Lorde desfilou pelas ladeiras da Cidade Alta por 63 anos, trajando fraque preto e cartola, doados por seu avô. Em 2006, Mário Raposo ficou de fora do Carnaval.
FolhaPE
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