Esplanada tem segurança reforçada e caravanas pró-Bolsonaro
Esquema de segurança reforçado no Congresso Nacional para a posse de Jair BolsonaroFoto: Sérgio Lima/AFP
A expectativa da Polícia Militar é que entre 250 mil e 500 mil pessoas compareçam à cerimônia
Totalmente fechada para carros, a avenida é ocupada por ônibus da Polícia Militar, homens fardados, turistas e ambulantes que vendem camisetas com o rosto do futuro mandatário e chapéus e faixas verde e amarelo.
O técnico industrial Juan Chargue, 40, veio do Rio de Janeiro para participar do evento. Ele, que chegou neste domingo (30), disse que espera que o futuro presidente desfile em carro aberto.
"Mas não sabemos onde vamos ficar, então talvez nem faça diferença", ri ele. Em meio a temores de que haja ameaças à segurança de Bolsonaro, ainda há dúvidas sobre se ele descerá a avenida no tradicional Rolls Royce presidencial, ou faça o trajeto em carro fechado.
As duas formas foram testadas nos ensaios realizados nos dias 23 e 30 de dezembro.
Chargue trouxe também a mãe, a argentina Lília Bonnet, 68. Com um chapéu verde e amarelo, ela diz que torceu muito para que o futuro presidente ganhasse as eleições e torce para que as relações entre Argentina e Brasil se estreitem em seu governo.
"Acho que eles pensam mais ou menos igual", afirma sobre o presidente Mauricio Macri, que não virá à posse.
No último dia do governo do presidente Michel Temer (MDB) como mandatário do país, além da festa bolsonarista, há forte aparato de segurança na descida entre o Congresso e a Rodoviária do Plano Piloto, por onde circulará Bolsonaro.
Na frente da Catedral Metropolitana, onde até o final de semana turistas a pé e de bicicleta transitavam tranquilamente, foi colocada uma barreira que só será aberta às 8h desta terça (1º).
Para poderem assistir à subida da rampa, os turistas terão de passar por uma revista e não poderão levar objetos como carrinhos de bebê, mochilas, guarda-chuvas ou garrafas d'água.
A expectativa da Polícia Militar é que entre 250 mil e 500 mil pessoas compareçam à cerimônia. Em 2015, 40 mil foram à segunda posse de Dilma Rousseff (PT).
Parte desses turistas vem ou virá em caravanas de ônibus. Uma delas trouxe a agricultora Jaíla de Almeida, 56, de Castanhal (PA).
"É um movimento histórico, toda a nossa esperança se concentrou num governo de pulso para mudar as coisas", diz ela, com uma bandeira nacional enrolada ao pescoço e outra do estado do Pará nas mãos.
Almeida, que é filiada ao DEM, veio em um ônibus organizado pelo partido e pelo PSL, sigla de Bolsonaro. E pretende chegar cedo, mesmo que a cerimônia comece às 14h30: "No máximo, no máximo, 9h a gente vai estar aqui, que é para pegar um bom lugar."
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