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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

TRANSFERÊNCIA DA EMBAIXADA

Primeiro-ministro de Israel diz que decisão de Bolsonaro sobre embaixada em Jerusalém é 'histórica'

Primeiro-ministro de Israel Benjamin NetanyahuFoto: Oded Balilty/Pool/AFP


Bolsonaro garantiu nesta quinta-feira pelo Twitter que pretende transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, qualificou nesta quinta-feira (1) de "histórica" a decisão do presidente eleito Jair Bolsonaro de deslocar a embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.

"Felicitei meu amigo e presidente eleito do Brasil Jair Bolsonaro por sua intenção de deslocar a embaixada brasileira para Jerusalém, um passo histórico, justo e animador", declarou Netanyahu em um comunicado.

Bolsonaro garantiu nesta quinta-feira pelo Twitter que pretende concretizar sua promessa de campanha: "Como afirmado durante a campanha, pretendemos transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos", tuitou Bolsonaro.


O Brasil pode se tornar, assim, o segundo maior país do mundo, depois dos Estados Unidos, a tomar essa controversa decisão. O presidente americano, Donald Trump, rompeu em dezembro de 2017 com décadas de diplomacia ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel e anunciar a transferência da embaixada. Em resposta, o presidente palestino, Mahmud Abbas, rompeu todas as relações com o governo Trump.

Depois dos Estados Unidos, Guatemala e Paraguai mudaram sua embaixada, embora o governo paraguaio tenha voltado atrás na decisão, retornando com sua missão diplomática para Tel Aviv.

Israel ocupa desde 1967, militarmente, a Cisjordânia, território palestino, assim como Jerusalém Oriental, a parte palestina da Cidade Santa, que anexou. Esta anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.

O Estado israelense considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos desejam que Jerusalém Oriental se torne capital de seu futuro Estado. Para a comunidade internacional, o estatuto da Cidade Santa tem que ser negociada entre as duas partes.



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