RAIZ TRICOLOR
Adonias de Moura, uma das maiores referências da história da crônica esportiva pernambucana, corriqueiramente utilizava uma frase para colocar sua equipe de repórteres na rua: "A notícia não está aqui na redação, lugar de repórter é na rua". O mestre testemunhou os primeiros estágios da telefonia móvel, quando a mesma era privilégio de poucos, e a chegada da internet, mas não usufruiu das vantagens com as quais nos beneficiamos nos dias de hoje.
Ontem, primeiro dia do mês de novembro, de 2018, vivenciei um momento que me fez lembrar Adonias e sua célebre frase:"Lugar de repórter é na rua".
Após receber um convite/intimação de João Caixero de Vasconcelos, para testemunhar a chegada dos primeiros rolos de grama, que irão servir de tapete para o campo número um do Centro de Formação de Atletas Rodolfo Aguiar, me comportei de forma exemplar, e às 7h já estava a postos, no Arruda.
O momento era histórico, especial, para quem acompanha e conhece um pouco da história do Santa Cruz Futebol Clube, um clube que nasceu, cresceu e se fortaleceu com sonhos que foram transformados em realidade através da formação de mutirões.
Quando chegamos ao CT, o caminhão já estava devidamente posicionado para descarregar os primeiros rolos de grama que vieram de Sergipe.
A equipe de trabalhadores se energizou com a chegada do gramado, que era tratado como a "ameixa do pudim". Todos pareciam elétricos. Uma equipe de reportagem da Globo Nordeste registrava tudo, e garimpava detalhes. Era notória a emoção de João Caixero, Aprígio Carvalho, Carlos Simião (Carlos da Vaca), Ricardo de Paula, César Augusto e Saulo Henrique, tricolores que fizeram questão de serem testemunhas da história.
O Centro de Formação de Atletas Rodolfo Aguiar será composto por três campos e mais a concentração. O primeiro equipamento a ser entregue, o campo número um, estará pronto para funcionar em janeiro. O próximo passo, após aposição da grama, será a colocação do alambrado, que foi orçado em R$ 65 mil.
"Há um ano isso aqui não passava de um terreno cheio de mato. Já foram investidos quase R$ 700 mil. Todo esse dinheiro veio através de doações. É um mutirão que funciona através das redes sociais. As pessoas vão vendo os equipamentos surgirem do nada e vão acreditando no sonho", comentou Caixero que é o grande responsável por levar o clube a vencer um desafio que o colocará em sintonia com o Século XXI.
Foi inevitável o mergulho no tempo. Lembrei quando, pela primeira vez, Adonias de Moura, me chamou e revelou: "Vamos ali que vou lhe apresentar o coração do Santa Cruz".
Deixamos a redação do Diário de Pernambuco, na Praça da Independência, e seguimos para a Av. Dantas Barreto. O domicílio da Comissão Patrimonial do Santa Cruz era no Bairro Santo Antônio, centro do Recife. Adonias foi tratado com muito carinho e respeito, tais deferências me deixaram cheio de orgulho do meu editor. E ele logo me apresentou a Marco Antônio Maciel, Rodolfo Aguiar, Aristófanes de Andrade, João Caixero, André de Paula, Enoque Coutinho... uma elite que, por si só, traduzia a grandeza do Clube das Multidões.
Mas aqueles senhores de grande representatividade na sociedade pernambucana, sabiam que eles eram apenas os "pensadores", canais imprescindíveis para execução de obras que ressaltam a grandeza do clube em pedra e cal.
Afinal, a RAIZ do Santa Cruz não é outra senão os mutirões, movimentos populares. São eles que fazem o clube pulsar.
No primeiro dia de novembro, ao cair em campo, como nos bons tempos de repórter, descobrir que o Tricolor do Arruda segue fiel as suas origens. A diferença é que, na era digital os mutirões acontecem através das redes sociais.
O mestre Adonias de Moura sempre esteve com a razão:"A notícia está na rua". Com todo o respeito a geração do google.
POR - CLAUDEMIR GOMES
Adonias de Moura, uma das maiores referências da história da crônica esportiva pernambucana, corriqueiramente utilizava uma frase para colocar sua equipe de repórteres na rua: "A notícia não está aqui na redação, lugar de repórter é na rua". O mestre testemunhou os primeiros estágios da telefonia móvel, quando a mesma era privilégio de poucos, e a chegada da internet, mas não usufruiu das vantagens com as quais nos beneficiamos nos dias de hoje.
Ontem, primeiro dia do mês de novembro, de 2018, vivenciei um momento que me fez lembrar Adonias e sua célebre frase:"Lugar de repórter é na rua".
Após receber um convite/intimação de João Caixero de Vasconcelos, para testemunhar a chegada dos primeiros rolos de grama, que irão servir de tapete para o campo número um do Centro de Formação de Atletas Rodolfo Aguiar, me comportei de forma exemplar, e às 7h já estava a postos, no Arruda.
O momento era histórico, especial, para quem acompanha e conhece um pouco da história do Santa Cruz Futebol Clube, um clube que nasceu, cresceu e se fortaleceu com sonhos que foram transformados em realidade através da formação de mutirões.
Quando chegamos ao CT, o caminhão já estava devidamente posicionado para descarregar os primeiros rolos de grama que vieram de Sergipe.
A equipe de trabalhadores se energizou com a chegada do gramado, que era tratado como a "ameixa do pudim". Todos pareciam elétricos. Uma equipe de reportagem da Globo Nordeste registrava tudo, e garimpava detalhes. Era notória a emoção de João Caixero, Aprígio Carvalho, Carlos Simião (Carlos da Vaca), Ricardo de Paula, César Augusto e Saulo Henrique, tricolores que fizeram questão de serem testemunhas da história.
O Centro de Formação de Atletas Rodolfo Aguiar será composto por três campos e mais a concentração. O primeiro equipamento a ser entregue, o campo número um, estará pronto para funcionar em janeiro. O próximo passo, após aposição da grama, será a colocação do alambrado, que foi orçado em R$ 65 mil.
"Há um ano isso aqui não passava de um terreno cheio de mato. Já foram investidos quase R$ 700 mil. Todo esse dinheiro veio através de doações. É um mutirão que funciona através das redes sociais. As pessoas vão vendo os equipamentos surgirem do nada e vão acreditando no sonho", comentou Caixero que é o grande responsável por levar o clube a vencer um desafio que o colocará em sintonia com o Século XXI.
Foi inevitável o mergulho no tempo. Lembrei quando, pela primeira vez, Adonias de Moura, me chamou e revelou: "Vamos ali que vou lhe apresentar o coração do Santa Cruz".
Deixamos a redação do Diário de Pernambuco, na Praça da Independência, e seguimos para a Av. Dantas Barreto. O domicílio da Comissão Patrimonial do Santa Cruz era no Bairro Santo Antônio, centro do Recife. Adonias foi tratado com muito carinho e respeito, tais deferências me deixaram cheio de orgulho do meu editor. E ele logo me apresentou a Marco Antônio Maciel, Rodolfo Aguiar, Aristófanes de Andrade, João Caixero, André de Paula, Enoque Coutinho... uma elite que, por si só, traduzia a grandeza do Clube das Multidões.
Mas aqueles senhores de grande representatividade na sociedade pernambucana, sabiam que eles eram apenas os "pensadores", canais imprescindíveis para execução de obras que ressaltam a grandeza do clube em pedra e cal.
Afinal, a RAIZ do Santa Cruz não é outra senão os mutirões, movimentos populares. São eles que fazem o clube pulsar.
No primeiro dia de novembro, ao cair em campo, como nos bons tempos de repórter, descobrir que o Tricolor do Arruda segue fiel as suas origens. A diferença é que, na era digital os mutirões acontecem através das redes sociais.
O mestre Adonias de Moura sempre esteve com a razão:"A notícia está na rua". Com todo o respeito a geração do google.
POR - CLAUDEMIR GOMES
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