Pezão durante três horas à PF nega propina
Em depoimento de três horas, Pezão nega propina e cita nome de Cabral
Governador disse que conta apresentada pela PF está desativada
No primeiro depoimento que deu após ser preso, o governador Luiz Fernando Pezão negou que tenha recebido propina e usado dinheiro ilícito para pagar despesas pessoais. Ele afirmou que movimenta uma conta pessoal, mantida com seus próprios proventos, e não a que foi apresentada pela Polícia Federal, que está desativada e zerada.
‘Nada a esconder’
Pezão também disse à Polícia Federal que não se envolveu com a arrecadação de dinheiro para a sua campanha a governador em 2014. Segundo ele, a tarefa teria ficado por conta de Cabral e do ex-secretário de Obras Hudson Braga. Na delação do doleiro Álvaro Novis, é citada também uma suposta propina paga como caixa dois pela Odebrecht naquele ano. Em troca, a companhia teria conquistado contratos importantes no governo.
O depoimento, acompanhado pelo advogado do governador, Flávio Mirza, na sede da PF na Praça Mauá, durou cerca de três horas. Mirza disse que Pezão, se quisesse, tinha o direito constitucional de permanecer calado. Mas optou por falar, de acordo com o advogado, por entender que “nada tem a esconder”.
Um dos pontos principais da defesa de Pezão é demonstrar, com a entrega de extratos, que o governador usava contas pessoais e dinheiro do seus proventos para pagar suas próprias despesas.
Chico Otavio - O Globo
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